As histórias de obesidade apresentadas no Câmera Record deste domingo, 17/11, ilustram uma estatística que preocupa a comunidade médica: 15% dos pacientes que passaram por uma cirurgia de redução de estômago não conseguem manter os resultados de perda de peso cinco anos após a operação.
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De 2011 pra cá, o número de procedimentos cirúrgicos deste tipo disparou no Brasil: foi de 34.629 para 63.669, um aumento de 84,73%. Mas nem todos se beneficiam com o tratamento.
Alguns casos mostram um efeito sanfona levado ao extremo. O motorista Adriano Pereira, por exemplo, tinha 140kg, fez a cirurgia bariátrica há 14 anos e chegou a 88kg. “Hoje, eu tenho 170 kg”, lamenta-se.
“Eu já acordo com muita dor no corpo, dificuldade para dormir… Você vira de um lado, dói. Vira do outro, dói”.
Marcio chegou a 223 kg, emagreceu até 111 kg e agora pesa 142 kg. Rita, antes do procedimento, tinha 118 kg e conseguiu chegar a 91 kg. Mas hoje a balança mostra 125 kg.
O programa explica por que, afinal, tanta gente volta a engordar depois da tão sonhada bariátrica. O endocrinologista Malebranche Carneiro chama a atenção para erros na análise pré-cirúrgica. “Você pode ter um paciente que foi mal diagnosticado do ponto de vista do contexto psicológico, psiquiátrico”, afirma.
“As compulsões devem ser trabalhadas, que se não forem trabalhadas o paciente não vai ter sucesso. Tratamento de doença crônica a curto prazo não é o principal interesse”.
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