O Canal Viva está mostrando todas as semanas uma verdadeira obra de arte que foi criada por Miguel Falabella: a série Pé na Cova.
O neto negro do dono loiro de uma funerária diz uma frase incrível: “Lá onde eu nasci, quem faz dez anos não é criança e sim sobrevivente”. O dono loiro da funerária tem uma filha prostituta que é casada com uma lésbica.
O dono do jornal é homossexual apaixonado pelo dono da funerária e casado com uma mulher muito gorda, chamada de Javali por todo mundo e que gosta de apanhar do dono da funerária.
Uma maquiadora de corpos da funerária, que foi muito bem interpretada por Marília Pêra nos estertores de sua vida, não se desgruda de um cigarro apagado e seu gim.
Um médico na criação soberba de Diogo Villela que faz experiências com corpos e com pessoas. Transforma mulher em homem e congela idosa que não quer morrer até encontrar a cura para a velhice.
Uma pena isso não estar mais na TV aberta. A trilha sonora é uma outra obra de arte. Um roteiro que poderia ser assinado por Federico Fellini ou Woody Allen com muita coisa de Luis Buñuel.
Miguel Falabella nega até hoje que teve desentendimento com alguém poderoso da Globo. Miguel tem a malícia do carioca e não é burro para demonstrar ou dedurar gente poderosa.
Então eu vou dizer apenas o que penso e não adianta ninguém dizer o contrário. Pé na Cova saiu da Globo por ciúmes puro de gente poderosa com essa obra de arte de Miguel Falabella.
Teodora Mendes ama uma fofoca e não tem compromisso em segurar a língua. Esperta e atenta ao mundinho fantasioso dos famosos, ela sempre está à procura dos podres que as celebridades e sub-celebridades tanto fazem questão de esconder. Dos bailes mais luxuosos aos pancadões nas favelas, Teodora conta com uma tropa de contatinhos nessa saborosa jornada.