Carlinhos Maia entrou na lista das celebridades da internet que divulgaram e sortearam celulares de quatro lojas de Maceió (AL) e Goiânia (GO). Os proprietários dos comércios foram detidos na última terça-feira (9) em uma operação do Ministério Público de Alagoas.
De acordo com o portal UOL, as informações da investigação confirmaram que os suspeitos presenteavam influenciadores digitais, como Carlinhos, com celulares Iphone para que divulgassem as lojas para os seus milhões de seguidores. Só Carlinhos Maia tem 16 milhões de fãs no Instagram.
O empresário Kel Ferreti e o publicitário Diogo Moreira também receberam presentes em troca de divulgação para sorteio, segundo a promotoria. A modelo Gabriela Sales, a Rica da Marré, foi outro nome que divulgou lojas indicando a idoneidade das lojas.
Ainda de acordo com a reportagem, os influencers não são investigados pelo Ministério Público nem pela Polícia Civil, mas foram usados pelo grupo criminoso para a divulgação dos estabelecimentos.
“As pessoas devem ter cuidado para verificar a origem do produto recebido para não vir a responder criminalmente. Se receber algo de origem ilícita poderá responder pelo delito de receptação e terá de fazer devolução do objeto a polícia”, avisou o delegado Thiago Prado, da seção de crimes cibernéticos da Divisão Especial de Investigação e Capturas da Polícia Civil de Alagoas.
A 17ª Vara Criminal da Capital expediu 18 mandados de prisão e mais 32 de busca e apreensão contra os criminosos suspeitos de venda ilegal de celulares e mais aparelhos eletrônicos. A operação, chamada de Fruto Proibido, prendeu 14 pessoas em Alagoas, Goiás e São Paulo suspeitas de sonegar mais de R$ 10 milhões em impostos. O MP não apresentou denúncia à Justiça ainda, pois espera o fim do inquérito.
Dois irmãos proprietários das lojas investigadas se entregaram à polícia, em Maceió. Outros dois acusados continuam foragidos. Os irmãos presos devem prestar depoimento à Polícia Civil.
Carlinhos Maia, Kel Ferreti e Gabriela Sales foram procurados pela reportagem, mas não atenderam ou retornaram as mensagens. Diogo Moreira também não retornou, mas se manifestou por meio do seu perfil na rede social. “A pessoa tem a empresa, tem o negócio jurídico, tinham tudo certinho era a mesma coisa de eu divulgar outra empresa. Como é que eu ia saber que o cara estava sonegando imposto?”, perguntou.
O Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), do Ministério Público, acredita que a organização criminosa usava os influenciadores apenas para divulgação das vendas.
O delegado afirmou que, mesmo com os produtos lacrados nas caixas não passaram pelas barreiras tributárias. “Eles entraram no Brasil ilegalmente e foram trazidos de São Paulo e Goiás sem passar nas barreiras tributárias, de forma ilegal”, contou o delegado, que revelou que a venda ilegal ocorria pela web, mas não caracterizou crime cibernético.
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