A estreia da primeira temporada de Ilha de Ferro, em 9 de agosto, na Globo, promete fortes emoções. A série, que tem Cauã Reymond como protagonista no papel de Dante, mostra as duas rotinas opostas vividas pelos personagens, que se dividem entre o mar a terra firme.
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Os petroleiros da trama passam duas semanas inteiras confinados na PLT-37, localizada a uma hora de helicóptero da costa brasileira. Na história, o galã é coordenador de produção da plataforma e vê o seu sonho de ser promovido a gerente desabar quando Júlia, interpretada por Maria Casadevall, chega para ocupar o posto.
Como se não bastasse, ao chegar em casa, descobre que foi traído por sua mulher, Leona (Sophie Charlotte), com seu próprio irmão Bruno (Klebber Toledo). Esse quarteto, então, promete movimentar a história que exigiu muita preparação do marido de Mariana Goldfarb.
“O Dante é um cara extremamente mal-humorado, que gosta mais de estar na plataforma do que em terra. Ele tem uma relação extremamente conflituosa com a esposa e também se envolve com a personagem da Júlia, começando aí um triângulo amoroso. O Dante também tem uma relação de muito amor com o irmão, Bruno, mas essa relação se quebra muito rápido. Dante é um personagem muito forte, que não tem uma vida fácil, mas que não tem medo da vida“, descreveu em entrevista à colunista Carla Bittencourt.
Sobre a sua relação com a esposa e o familiar na obra, ele ponderou: “Já parte de uma traição de ambas as partes, tanto do Bruno quanto da Leona. As duas pessoas que naquele momento ele mais ama e estão mais próximas a ele, são justamente as pessoas que o traem“.
Para o ator, a agressividade do seu personagem tem uma origem clara. “A agressividade e a revolta do Dante vêm do fato de ele ser um cara que provavelmente não recebeu amor, não recebeu afeto na infância. Ele não sabe direito o que é isso, até porque na relação com a Leona eles não frequentam esse lugar. O Dante construiu o caminho dele por conta própria, e no meio dessa estrada levou o irmão e o ajudou. Acho que ele tem muita facilidade em lidar com as dificuldades e os perigos do trabalho, mas a questão do amor e do afeto deixa ele muito inseguro. Ele não sabe direito como lidar porque nunca teve isso“, refletiu.
Cauã contou um pouco sobre como foi a sua preparação para mergulhar de corpo e alma na produção. “Fiz cursos que são necessários para que a gente possa pisar em uma plataforma. Além disso, construí o Dante junto com a Ana Kfouri, que foi nossa preparadora de elenco e fez um trabalho muito bonito, criando uma proximidade entre os atores. As conversas com o diretor Afonso Poyart também me ajudaram muito“, relembrou.
Na sequência, o famoso refletiu sobre qual foi a maior dificuldade ao elaborar Dante.
“Acho que foi encontrar esse lugar de mau humor constante que ele tem, e de como é essa sensação de você gostar mais de estar no trabalho do que de estar em casa. Eu amo o meu trabalho, estou sempre envolvido em vários projetos, mas desde que a minha filha nasceu eu gosto mais de estar em casa. Gosto de buscá-la na escola, aproveitar esses momentos, o que eu acho que inclusive me fortalece e me torna um ator melhor, porque presto atenção em coisas que eu não prestava. O Dante me proporcionou esse desafio de estar numa energia muito densa durante muito tempo“, concluiu.
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