Prestes a estrear como o protagonista de Um Lugar Ao Sol, Cauã Reymond, que viverá gêmeos na novela, revelou que o trabalhou o fez amadurecer, já que para dar vida a Christian e Christopher ele precisou revisitar seu passado.
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Em conversa com a revista Quem, o global contou: “Nesta novela, são dois irmãos gêmeos em que um foi adotado; o outro, não. Eles não tiveram as mesmas oportunidades. Renato, o gêmeo adotado, se muda para o Rio de Janeiro. Christian, o irmão que não é adotado, vive em Goiânia. Na fase inicial, antes de se mudar para o Rio, buscamos o sotaque goiano de forma sutil. Para a composição, busquei me focar no lado psicológico – afinal, ele não foi o escolhido”.
Para interpretar os gêmeos, Reymond buscou uma referência familiar: “Na minha vida, minha mãe foi adotada pela minha avó. Minha avó foi mãe solo. Perdi minha mãe há dois anos e meio. Quando a Lícia [Manzo, autora] me convidou para essa história, acabei revisitando um pouco da trajetória da minha família. Minha mãe teve uma história muito triste. Ela foi adotada depois de perder a irmã para a desnutrição”.
“Com isso, a família biológica da minha mãe resolveu entregá-la para adoção. Só soube dessa história agora, quando estava conversando com meu irmão no processo de preparação para a novela. A trajetória de um dos irmãos me fez lembrar o caminho da minha mãe e foi muito forte para mim isso”, explicou Cauã, que contracenou na trama com Pável Reymond, seu irmão, que se tornou seu dublê.
“Olhava para o meu irmão e tinha muita emoção no olhar. Além disso, havia um fator que agregava ainda mais: o sonho da minha mãe. Quando ela estava no leito de morte, ela nos disse que era um sonho nos ver juntos. Ela nos queria unidos para sempre. Um Lugar ao Sol nos trouxe essa possibilidade”, completou.
Na conversa, Cauã Reymond ainda pontuou: “Ao longo das gravações, esse personagem me trouxe muitas reflexões. O Maurício Farias e o André Camara dividiram essa angústia comigo no set, compartilhava minhas ansiedades e reflexões com eles. Fiz algumas ligações para a Lícia [Manzo]. Meu personagem é um anti-herói. Em muito momentos, ele tem atitudes que me deixam perplexo. Em outros, senti grande empatia”.
“Neste momento que vivemos no Brasil, a reflexão de ‘até onde você iria e até onde você se corromperia para conquistar um sonho?’ é pertinente. Tive uma grande jornada neste trabalho. Amadureci muito no meu ofício como ator e também como indivíduo”, concluiu.
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