O apresentador Celso Portiolli participou da atração de Sonia Abrão, A Tarde É Sua, na RedeTV!, e esclareceu alguns fatos que se tornaram engraçados ao longo deste ano. Um deles foi a possível entrada na portaria da Globo, em São Paulo.
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Portiolli explicou que estava em São Paulo, próximo à emissora concorrente, para uma palestra, e resolveu fazer a brincadeira. “Eu estava em um hotel que ficava próximo à Globo. Eu, com medo de chegar atrasado às 8 horas da manha, pensei em dormir em um hotel para não perder a hora. Eu fui para o hotel e quando olho na janela, vejo escrito assim: ‘Globo’. Eu, então, comecei a brincar no Twitter de que apareceria no jornal do [Carlos] Tramontina [SP2] e perguntei o que escreveria no cartaz”, começou Portiolli.
“Assim que fui para a palestra, no outro dia, voltando do hotel, pensei em entrar na Globo”, contou o animador, que foi questionado por Thiago Rocha sobre a quase ida, real, dele para a emissora carioca.
“Eu quase fui para a Globo mesmo. Quando eu comecei no SBT, quem estava no SBT era o diretor Roberto Talma fazendo a novela Colégio Brasil. O Talma, depois de um tempo, me chamou e disse que estava indo para a Globo. Ele disse que queria que eu fosse com ele pra fazer um programa no sábado da Globo. Ele me perguntou quanto eu ganhava e me disse que aumentaria meu salário em dez vezes. Além disso, me disse que eu ganharia uma luva [dinheiro] de 100 vezes o que que ganhava no SBT”, disse Celso.
O apresentador seguiu relatando o momento: “O Talma me disse que estava tudo certo e que eu iria assinar o contrato na semana seguinte, mas que eu não deveria falar nada para ninguém porque ele estava voltando para a Globo. Como ele tinha um multa de R$ 5 milhões, se eu falasse, a multa seria cobrada e ele não conseguiria sair”.
“Em um certo dia, o SBT tinha se mudado pra Anhanguera [Complexo de estúdios onde a emissora está atualmente] e eles queriam moralizar tudo lá, pois todo mundo entrava em qualquer estúdio, entravam no estúdio do Silvio Santos. Não sei porquê me pegaram e disseram que o Silvio queria falar comigo no estúdio 3 e eu fui lá. Quando eu cheguei lá, bati na porta do camarim e ele me perguntou o que eu estava fazendo lá e que não era pra entrar lá. Ele deu ordem para o segurança não deixar ninguém mais entrar lá sem autorização. Ele me falou que se eu quisesse falar com ele, não era no camarim, mas na sala dele, na presidência”, contou Portiolli.
“Eu, bobo, bobo, falei pra um amigo do Silvio que eu tinha recebido uma proposta da Globo, mas era só pra ele me receber no camarim. Olha como eu era infantil. Aí, o Silvio me chamou e me perguntou quem estava me levando pra Globo? Eu disse que não podia falar. Eu falei que só contaria daqui uma semana (risos). Ele disse que eu estava blefando e mentindo pra ele. Ele disse que ia ligar pro Roberto Marinho, que estava ativo na TV Globo. EU insisti que falaria na semana que vem quando ele me perguntou quem estava me levando pra Globo. Ele, então, pediu pra ligarem pra Marluce [Dias, ex-diretora da TV Globo]. Ele insistiu pra que eu falasse e disse que eu estava mentindo, mas não falei. Ele marcou uma reunião na presidência do SBT, na sala dele, e eu fui. Não falei pra ele que era o Roberto Talma e renovei com ele por um valor muito menor. Pra desfazer do erro que cometi, topei e não fui. Me queimei na Globo e com o Talma e companhia. O Talma foi embora e não pagou a multa porque eu não falei“, explicou.
“Só que depois que eu assinei, o Silvio ficou meio bravo comigo. Você lembra da divisão do programa Tempo de Alegria com o Otávio Mesquita? Foi tudo naquela época. Eu ia gravar um CD, mas não podia divulgar o CD. Foi um enrolo danado. Ele só foi ficar bonzinho depois que ele soube da verdade. Um dia eu contei pra ele o que aconteceu. Eu fui infantil, eu errei aqui e aqui e não contei porque eu não queria prejudicar o Roberto Talma. Preferi me prejudicar do que prejudicar o Talma, só que o Talma se foi e não soube disso“, contou.
“Mas há males que veem pra bem. Eu não estava preparado para trabalhar em outra emissora. Ali, no SBT, o Silvio foi me ensinando. Eu acho que foi uma coincidência, uma providência da vida”, finalizou Celso Portiolli.
