Christina Rocha celebrou 10 anos dos “Casos de Família” (Imagem: Reuber Diirr / RD1)
Celebrando 10 anos na apresentação do “Casos de Família”, Christina Rocha recebeu a imprensa para um bate-papo e relembrou alguns momentos desta década à frente do programa vespertino. A apresentadora contou que viveu situações delicadas, mas que sempre teve pulso firme em todas elas.
“Quando eu acho que tenho que falar, falo na cara da pessoa para que ela se toque e que enxergue a verdade que, às vezes, não vê. Eu sou nordestina com muito orgulho, e tenho esse meu lado mais quente, que pode não agradar alguns, mas estar há dez anos no comando de um programa, não é para qualquer apresentador“, disse Christina, após uma bateria de gravações acompanhada pelo RD1.
A loira das tardes do SBT relembrou os testes que fez para assumir a apresentação do programa. “Estou no SBT após um período fora da emissora. Voltei para fazer um teste para o ‘Casos de Família’, em 2009. Quando cheguei aqui para fazer os testes para o piloto que a emissora queria, vim bem segura, afinal, já estou na TV há muito tempo. Vim e gravei da maneira que eu sei fazer e acho que eles gostaram“.
Christina prosseguiu: “Eu optei por não ver nenhum outro teste das apresentadoras que estavam disputando a vaga. Podia ver o teste da outra, mas eu preferi fazer do meu jeito mesmo e acho que deu certo. Os testes ainda tiveram os resultados demorados. Foram alguns meses de espera, mas o SBT optou por mim e estou aqui há dez anos, diariamente, no programa“, afirmou.
Com ela, o formato ganhou um tom mais popular, diferente do usado pela antecessora, Regina Volpato. A mudança veio de uma ideia de Silvio Santos. “Vim implementar um projeto que o Silvio Santos queria fazer de maneira mais apimentada. O Brasil tem muitas boas histórias e o brasileiro tem um jeito diferente de contar história“. “Quando o Silvio me ligou para fazer um teste para o programa com outra linha mais participativa, conheci meu diretor, Rafael Bello, e foi amor à primeira vista“, completou.
Rocha admite ter mudado muito nos últimos dez anos: “No comando do ‘Casos de Família’ eu faço uma vivência diária. Quando os casos são apresentados, eu não sei muito além do básico. Quando as pessoas se apresentam, eu conto casos da minha vida pessoal também. Em relação ao meu crescimento profissional, eu avalio como algo bem positivo, pois todo dia é um aprendizado com pessoas que veem aqui contar suas histórias, mas acabam dando lições de vida. Eu tenho aulas aqui com algumas pessoas e isso eu levo pra minha vida. Reflito sobre vários assuntos debatidos aqui. É um aprendizado muito grande“.
Rafael Bello complementou as colocações da apresentadora: “Eu fico muito preocupado com temas. Nós temos temas aqui no Brasil que podemos fazer bons temas, mas acabamos sendo barrados. Abuso sexual é um assunto que é importante para alertar as pessoas, mas não podemos“.
Os temas, aliás, surgem, às vezes, de frases que os convidados soltam no palco. “Sempre há, em reuniões de amigos, alguém que fala alguma frase ou dá alguma ideia. Todo tipo de ideia é bem-vinda para fazer uma pauta pra o programa. Nós temos seis equipes para pesquisar os assuntos e apuramos por três vezes quando há as entrevistas para que não haja casos armados“, disse.
Christina Rocha também falou sobre as críticas e as acusações de “armação” contra o “Casos de Família”. “Eu fico muito chateada quando põem minha credibilidade em xeque. Eu sou jornalista e trabalho há muitos anos na televisão. Mas eu não ligo muito mais para as críticas ao programa. Por ser popular, sempre haverá críticas. Todo programa popular recebeu e receberá críticas, então eu não me importo. Só não gosto que coloquem minha credibilidade contra a parede“, contou.
“Já me disseram que algumas pessoas que vieram ao “Casos de Família” apareceram em outros programas de televisão, mas isso eu ou minha produção não pode conter. Sei lá se a pessoa tem outro tema que precisa ser debatido e foi ao programa resolver. Não dá pra saber. O que nós sabemos é que, no “Casos de Família”, todos que veem, passam por uma entrevista. Três, na verdade. A pessoa é avaliada pela nossa produção, depois passa por mais dos processos de entrevistas para que possamos entender os casos e como tudo aconteceu. É nessa triagem que descobrimos se a pessoa tem uma real história ou não“, revelou, sobre o processo de escolha dos participantes.
Rocha disse ainda que tem aversão a diversos temas abordados na atração: “Eu tenho horror de homem covarde, mulher burra que corre atrás do homem que a agride“.
Questionado sobre nunca ser indicada para o “Troféu Imprensa”, Christina Rocha disse não saber o motivo. “Até hoje eu não sei porquê. Acho que pode haver um preconceito com o formato do programa, por ser popular, mas eu adoraria ser indicada“, revelou. “O Silvio Santos é o maior apoiador do ‘Casos de Família’. Eu rezo todos os dias para que o Silvio Santos nunca morra porque ele é o maior incentivador do programa desde sempre“, concluiu.
Confira:
Os bastidores do “Casos de Família” (Imagem: Reuber Diirr / RD1)
“Casos de Família” celebrou 10 anos (Imagem: Reuber Diirr / RD1)
Bastidores das gravações do “Casos de Família” (Imagem: Reuber Diirr / RD1)
Christina Rocha atenta a um caso exibido no telão do “Casos de Família” (Imagem: Reuber Diirr / RD1)
As gravações do especial de 10 anos do “Casos de Família” com Christina Rocha (Imagem: Reuber Diirr / RD1)
Reuber Diirr
Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!
