A CNN Brasil foi acusada de divulgar uma informação falsa envolvendo o procurador da República Diogo Castor de Mattos, que esteve na força-tarefa da Operação Lava Jato.
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O integrante do Ministério Público Federal moveu uma ação contra o canal de notícias e disse que a empresa de comunicação agiu “de forma irresponsável”.
O processo foi aberto em outubro de 2021 e continua no Tribunal de Justiça do Paraná, no 6º Juizado Especial Cível e Criminal. O caso está na primeira instância e ainda não foi julgado. Mattos, segundo o Notícias da TV, ainda pediu uma indenização por danos morais.
O imbróglio começou em fevereiro de 2021, quando a defesa do ex-presidente Lula (PT) levou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pacote de mensagens dos integrantes da então força-tarefa de Curitiba.
A CNN Brasil teve acesso ao conteúdo e divulgou trechos do material que apontavam o suposto desejo dos procuradores de investigar ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Segundo a analista Thais Arbex, “o então coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, sugere pedir à Receita Federal ‘uma análise patrimonial’ dos ministros que integram as turmas criminais do STJ”.
“O procurador Diogo Castor de Mattos diz, então, acreditar que o ministro Felix Fischer, o relator da Lava Jato no STJ, não estaria envolvido em irregularidades. ‘Felix Fischer eu duvido. É um cara sério’, escreve”, acrescentou.
Os procuradores negaram a existência de investigações contra os ministros. Mas um trecho da reportagem causou polêmica, onde a CNN teria deturpado a fala do procurador, como se ele tivesse dito que Feliz Fischer era “o único” que não estaria envolvido em nenhum esquema.
Em documento, integrantes do MPF declararam: “Na reportagem, constou originalmente a afirmação de que ‘o procurador Diogo Castor diz acreditar que o único ministro que não estaria envolvido em irregularidades seria Felix Fischer'”.
Eles completaram: “Nesse caso, a deturpação foi tamanha que, mais tarde, embora demasiado tarde, a própria reportagem corrigiu o seu texto. Esse é um de muitos exemplos sobre o esforço hermenêutico em gerar notícias sensacionalistas sobre o material hackeado”.
A CNN Brasil afirmou ao site que não se pronuncia sobre processos ainda em andamento.
