De olho na massa de fiéis da Igreja Católica e da Igreja Evangélica, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viu com bons olhos uma avalanche de pedidos de concessões para a TV aberta. Graças ao atual governo, vários grupos religiosos foram contemplados com os seus canais próprios.
VEJA ESSA
Ao todo, 67 concessões de TV aberta digital foram feitas para essas entidades. Segundo pesquisa feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, canais católicos e evangélicos conquistaram 40% de todas as 166 concessões e consignações digitais autorizadas.
Levando em conta licenças para emissoras de aliados e para a TV Brasil, o número subiu para 55%.
Igreja Católica
A TV Canção Nova, da Igreja Católica, recebeu 34 autorizações de retransmissoras de TV digital em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Ceará e Paraná.
A Rede Vida, católica, veio logo depois, com 17 licenças em cidades de Alagoas, Amapá, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A TV Aparecida conquistou 4 licenças.
Igreja Evangélica
A Igreja Evangélica, cabo eleitoral do presidente desde a eleição de 2018, adquiriu 6 concessões: Igreja Batista da Lagoinha, TV Novo Tempo (Adventista), Assembleia de Deus Amazonas e Rede Mundial, a última comandada pelo Apóstolo Valdemiro Santiago, nome muito próximo de Bolsonaro.
A Agência Brasil Central, do Estado de Goiás, governado por Ronaldo Caiado (DEM), político fiel a Bolsonaro, assegurou outras 16 autorizações.
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pela TV Brasil, conseguiu 11 autorizações para retransmissão de conteúdo. A TV Câmara fechou a lista com 10 pedidos autorizados.
Campanha entre os fiéis
De olho na reeleição no ano que vem e em uma busca desenfreada para aumentar a sua popularidade, Jair Bolsonaro começou a sua maratona pelo país em busca de mais quatro anos no Palácio do Planalto.
O “capitão” deixou parte da sua agenda livre para aparições em cultos e eventos religiosos em várias instituições espalhadas pelo país. Várias delas com a presença de nomes fortes do meio, como Silas Malafaia, fiel ao atual governo.
