Com custo de R$ 100 milhões anuais, Bolsonaro quer lançar novo canal de TV bolsonarista

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Governo Bolsonaro quer lançar novo canal com ideias bolsonaristas com dinheiro do Ministério da Educação (Imagem: Reprodução / SBT)

O Governo Bolsonaro quer lançar nas próximas semanas um novo canal de TV com um custo entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões anuais. A informação derruba a promessa levantada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na eleição de 2018, envolvendo a venda da TV Brasil.

Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, o projeto está em estágio acelerado dentro da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), atualmente responsável pelo funcionamento da TV Brasil 1 e 2, além de rádios e sites como a Agência Brasil. O coronel Roni Pinto, diretor-geral da EBC, está na condução dos trabalhos.

O novo canal será uma subdivisão do sinal da TV Brasil e faz parte do interesse do governo pelo “homeschooling”, ou educação em casa. A TV Cultura faz testes com a subdivisão do sinal, assim como emissoras de TV comerciais em algumas regiões do país.

Sem nome definido, o novo canal do governo vai ser dedicado à educação e às aulas via telinha, por isso o dinheiro vai sair do Ministério da Educação. Segundo a reportagem, a nova emissora é chamada vulgarmente de TV Olavo, em referência ao escritor Olavo de Carvalho, o guru do bolsonarismo.

O “título” surge em meio ao que está programado para a nova TV: 100% pró-Bolsonaro e supostamente com viés conservador e cristão.

Em 2018, na campanha à presidência da República, Jair Bolsonaro prometeu acabar com a TV Brasil, apontada como um cabide de empregos para o PT. A TV Brasil custa aos cofres públicos R$ 550 milhões anuais, dos quais quase R$ 400 milhões são em salários.

Em nota, o MEC informou que “está em fase final de negociação com a EBC um contrato de um novo canal de TV público. Neste novo contrato serão atendidos projetos educativos, além de diversos outros serviços”.

“A pasta ressalta que essa é uma iniciativa desta administração e que o objetivo é economizar, racionalizar e melhorar os processos de gestão. O valor que está sendo negociado é muito abaixo do informado pelo UOL. Atenciosamente, Ascom/MEC”, finalizou.

Da Redação
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