William Bonner chegou cedo nos Estúdios Globo, nesta quinta-feira (4), para comandar o debate entre os presidenciáveis. Não é uma regra geral, mas costuma ser assim para que tudo no estúdio seja preparado e testado antes do início do programa.
Mas parece que a produção da atração tirou o couro do âncora do “Jornal Nacional”. Visivelmente cansado desde o segundo bloco do debate, William cometeu sucessivas gafes, sendo a “tensão” com Ciro Gomes (PDT) a mais lembrada.
No primeiro bloco, na apresentação do candidato, Álvaro Dias (Podemos) passou 30 segundos cumprimentando e elogiando Globo e Bonner. Passou o tempo e ele esqueceu de fazer a pergunta. William foi obrigado a interrompê-lo. “Candidato, eu sou obrigado a interrompê-lo”, disse.
O debate contou com cinco blocos, sendo quatro com perguntas: o primeiro e terceiro com perguntas livres e o segundo e quarto com perguntas envolvendo temas sorteados por Bonner.
Com Marina Silva (Rede), Bonner esqueceu de sortear um tema para a pergunta da candidata. “Acabei de cometer o primeiro erro da noite”, disse ele. Marina, sem perder a chance, alfinetou: “Jornaliiiistas…”, em referência à entrevista que ela concedeu ao “JN”, quando Bonner prolongava o “candidaaata”. O resultado? Gargalhadas do apresentador!
No terceiro erro, também por esquecer de sortear o tema da pergunta, Bonner reclamou com ele mesmo. “Segundo erro da noite. Eu vou fazer um ranking com meus erros. A culpa é só minha, não dos jornalistas“, disse.
No último bloco, o erro de Bonner entrou para a história dos debates por causa de Ciro. O candidato do PDT à presidência da República ao invés de encerrar a gafe imediatamente, se aproveitou e entrou na brincadeira. O resultado foi uma gargalhada geral da plateia.
Gomes tinha a vez de perguntar, mas Bonner pediu para ele fazer a pergunta antes de sortear o tema. “Não tem mais tema?”, questionou o candidato. William percebeu o velho erro e pediu desculpas. “Ah! Perdão!”. Ciro entrou na onda e surfou bem. “Acabei de fazer por merecer você votar em mim”, brincou. E Bonner respondeu: “O senhor foi mais rápido que eu”. Ciro respondeu: “É como vou governar o país”.
E como de costume, tentar controlar a plateia é sempre um caso à parte. Bonner, no início do debate, pediu para os convidados que não se manifestassem durante o debate, e para ajudá-los a extravasar, pediu uma salva de palmas aos convidados.
Mas, falas de candidatos, como a de Guilherme Boulos (PSOL), sobre o medo da volta da ditadura caso Jair Bolsonaro (PSL) vença, ou a de Marina Silva sobre a ausência de Bolsonaro, causaram aplausos da plateia sem a permissão de Bonner. Ele bem que tentou, mas não conseguiu evitar.
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Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].