O SBT já viveu, e superou, muitos altos e baixos. Mas nada que lembre a tenebrosa fase atual.
VEJA ESSA
Em crise de audiência e criatividade, a rede de Silvio Santos deixou de ser a mais feliz do Brasil há tempos. Tem aparência e ar melancólico. Cheira mal.
Na TV, assim como na vida, tudo que se planta, colhe. E o SBT está sentindo isso em seu dia a dia.
Os consecutivos equívocos cometidos, a falta de investimento e de espaço para novos talentos, e a preguiça da sua alta cúpula resultaram em um verdadeiro coquetel molotov.
Exceção às transmissões esportivas e ao Programa do Ratinho, A Praça é Nossa, The Noite e à grade dominical, nada ali tem fôlego na briga com Record e Band.
Enquanto diretores perdem tempo em redes sociais com postagens sobre amenidades, a emissora vê seu público se distanciar cada vez mais.
A volta de Rebelde, a partir de pitacos de tuiteiros com síndrome de Disney Cruj, e a mudança de horário do SBT Brasil, empurrando as novelas infantis para o abate, são exemplos, entre tantos, que a direção precisa se reciclar.
Na quarta-feira, 2 de agosto de 2023, o SBT consolidou 2,9 pontos na média 24 horas em São Paulo, ante 12,6 da Globo, 4,4 da Record, 1,6 da Band e 0,3 da RedeTV!. Uma marca irrisória. Ridícula. Coisa de canal nanico.
Diante do caos, Daniela Beyruti tornou-se um lampejo de renovação, com ares de salvação. Mas as notícias apontam para mudanças apenas em 2024. Até lá, é bem provável que a situação se agrave ainda mais.
No próximo dia 19, o SBT comemora 42 anos. Parabéns?
João Paulo Dell Santo consome TV e a leva a sério desde que se entende por gente. Em 2009 transformou esse prazer em ofício e o exerceu em alguns sites. No RD1, já foi colunista, editor-chefe, diretor de redação e desde 2015 voltou a chefiar a equipe. Pode ser encontrado nas redes sociais através do @jpdellsanto ou pelo email [email protected].