Intérprete de Benê, em As Five, do Globoplay, Daphne Bozaski revelou à coluna de Patrícia Kogut no jornal Globo, que sua personagem permitiu a ela criar um “vínculo” com jovens de espectro autista, desde que deu vida ao papel pela primeira vez em Malhação: Viva A Diferença.
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“Criei um vínculo com eles e até hoje nos falamos. Eles estão próximos dessa nova fase da Benê, seis anos depois da adolescência. É legal que eles não têm tabu. Falam com tranquilidade sobre o que se passa com eles”, afirmou ela.
A atriz também revelou como são os trabalhos das cenas de nudez com a ajuda da diretora Dainara Toffolli, que costuma deixa-la bem a vontade durante as gravações. Na trama, a jovem vive o início da vida adulta e aprendendo a lidar com a descoberta sexual.
“Ela deixava menos gente no set. Era uma equipe formada por muitas mulheres (…) e os profissionais homens respeitavam esse espaço e esse momento. Foi a primeira vez que fiz cenas assim, mais delicadas, que têm uma tensão para não expor o corpo da personagem nem o meu”, contou.
Segundo a artista, os seus receios iniciais foram vencidos pela confiança na qualidade de Cao Hamburger, que concebeu as personagens e com elas reinventou Malhação para outra geração jovem. “E a recepção do público foi ótima”, vibrou.
Aos 28 anos, Daphne está casada com Gustavo Araújo com quem possui um filho Caetano, de dois anos. A chegada da criança coincidiu com uma mudança no relacionamento do casal. “Nunca deixamos a profissão de lado e passamos a nos dividir para cuidar dele. Percebemos que passamos a ser ‘Gustavo e Daphne, pais do Caetano’ era preciso redescobrir se relacionar. Digo que relacionar é refazer o laço”.
“Senão, as pessoas se separam, acaba tudo… E o que queremos é ter uma coisa concreta. Temos este objetivo comum: de construir nossa casa, dar uma base familiar ao nosso filho. Por mais que apareçam dificuldades, sabemos que queremos estar juntos”, refletiu.
Araújo é chef de cozinha, a atriz conta que a pandemia levou-os a fechar o restaurante familiar administrado pelo casal: “O restaurante era na nossa casa. Então, precisamos fechar. Ele parou de cozinhar. E a gente decidiu mudar para um apartamento próximo até ver como a pandemia vai se desenrolar. A ideia é voltar com o restaurante no ano que vem, se for possível”, prospectou.
