A Record foi surpreendida por um manifestante pró-Bolsonaro na porta da sede da Polícia Federal em Curitiba. O ataque foi feito contra Robson Silva, cinegrafista da RIC, afiliada da emissora no Sul do país. Aos gritos, um homem tentou derrubar os pertences do profissional, que foi ajudado por policiais.
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A aproximação ao profissional da emissora, até aqui amiga fiel do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi acompanhada de uma ameaça física: o bolsonarista saiu do grupo e foi até Robson com a haste de uma bandeira do Brasil para atacá-lo.
Em entrevista ao R7, Robson falou sobre o ocorrido: “A gente estava preparado com o link [entrada ao vivo] para a Record. Apareceu um senhor falando ‘sai fora, Globo Lixo’. A gente disse que era da Record. O cara passava com a bandeira [do Brasil] na frente da lente da câmera. Ele voltou, tentou dar com a bandeira na minha cara”.
“Eu segurei a bandeira e ele, com a outra mão, empurrou a câmera. Eu segurei a câmera e empurrei ele para se afastar. Nessa, ele voltou e empurrou a câmera forte, para cair. Segurei, os outros cinegrafistas e repórteres afastaram o cara. Daí veio a polícia e colocou o cordão de isolamento na área”, relatou o funcionária da emissora.
O tumulto na porta da PF foi causado pelo depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A conversa com delegados e procuradores durou mais de 8 horas. A RIC divulgou uma nota de repúdio. Nela, o grupo de mídia exigiu a apuração rigorosa do acontecido e a punição do agressor.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].