Anitta fez história na semana passada com o primeiro lugar no ranking global do Spotify e recebeu milhões de comentários positivos pela sua conquista. A deputada Júlia Lucy (União) fez o inverso e detonou o trabalho da carioca.
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“Ela, como brasileira, somente está reforçando o velho papel que a mulher brasileira sempre ocupou: papel de mulher gostosa, papel de objeto a ser consumido”, iniciou a parlamentar.
“O fato de ela ser a própria empresária dela, de falar várias línguas, estar ganhando muito dinheiro… palmas, parabéns para ela”, sugeriu. “Eu sou uma mulher livre, independente, luto por mulheres, mas não me sinto representada. Na realidade, sinto vergonha”, surpreendeu.
“E espero que as meninas não se espelhem no papel da Anitta e se espelhem em mulheres que quebram paradigmas e que fogem desse lugar-comum de objeto”, acrescentou.
Na legenda da publicação no Instagram onde o vídeo foi publicado, a deputada completou com mais críticas contra a cantora brasileira:
“O mercado da música força uma postura de sexualização da mulher para ficar no topo de sua lista. Não há dúvidas de que Anitta é talentosa, porém esse incentivo à objetificação do corpo das mulheres é algo que me envergonha”.
“Ela ganha o dinheiro dessa forma, mas vamos refletir sobre o que isso representa a nós brasileiras”, complementou. “Qual é a imagem que se vende lá fora? De que a mulher brasileira é para sexo. Não sinto qualquer orgulho e lamento profundamente que ela hoje seja ícone do feminismo liberal”, finalizou.
Anitta é alvo do Jornal Nacional
A conquista de Anitta mobilizou sites, rádios e emissoras de TV. Na Globo, até o Jornal Nacional tocou no assunto. No telejornal, o William Bonner foi o responsável pela divulgação.
“E a Anitta, hein?”, questionou o âncora. “Ela alcançou hoje simplesmente um feito inédito para qualquer artista brasileiro”, comentou.
“A música Envolver se tornou a mais ouvida do planeta na plataforma de música Spotify, com mais de 6 milhões de reproduções diárias”, informou.
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