Responsável pela liminar (decisão provisória) que, por pouco, censurou o especial de Natal do Porta dos Fundos, na Netflix, o desembargador Benedicto Abicair já atuou em um processo defendendo a liberdade de expressão e defendendo o agora presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
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Segundo informações do UOL, em 2017, Abicair votou pela absolvição de Bolsonaro, até então deputado federal, em um processo movido contra o político após declarações homofóbicas feitas durante o CQC, da Band, em 2011.
Na época, Bolsonaro disse que nunca havia pensado em ter um filho homossexual “porque eles tiveram uma boa educação”, e que não iria a um desfile gay por não participar em “promover os maus costumes, até porque acredito em Deus, tenho uma família e a família tem que ser preservada”.
Ainda no quadro, o atual presidente também disse que “não iria discutir promiscuidade com quem quer que seja” ao ser questionado sobre se um de seus filhos se apaixonasse por uma mulher negra.
Abicair argumentou pela defesa do atual presidente usando da liberdade de expressão. “Não vejo como, em uma democracia, censurar o direito de manifestação de quem quer que seja. Gostar ou não gostar. Querer ou não querer, aceitar ou não aceitar. Tudo é direito de cada cidadão, desde que não infrinja dispositivo constitucional ou legal”, afirmou.
“Não se pode negar que houve consentimento recíproco de todos os personagens do programa para que cada um se manifestasse, sem censura, sobre seus pensamentos, posições e divergências”, destacou o desembargador, ao citar que o CQC tinha viés humorístico.
O voto, porém, de nada adiantou: Bolsonaro foi condenado na primeira e segunda instância a pagar R$ 150 mil por danos morais aos grupos Diversidade de Niterói, Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e o Arco-Íris de Conscientização, devido às declarações.
Danilo Gentili se posiciona sobre Porta dos Fundos
Mesmo com as desavenças que possui com integrantes do Porta dos Fundos, Danilo Gentili decidiu reagir contra a decisão da Justiça do Rio que pediu pela retirada do especial de Natal do grupo humorístico da Netflix.
Em seu Twitter, o apresentador do SBT condenou e classificou a atitude como “censura”. “O Estado interferir para excluir ou proibir um conteúdo é censura”, disparou o humorista, que ainda alfinetou o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
“Lembrando: esse governo se comprometeu em zelar pela liberdade de expressão. Já tive colegas de comédia celebrando e relativizando censuras e tentativas de censura que sofri. Jamais farei o mesmo. Censura não”, escreveu o famoso.
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