A Record perdeu mais um dos diretores que fizeram a fama do departamento de dramaturgia da emissora, reativado há pouco mais de 15 anos. De acordo com informações da jornalista Patrícia Kogut, Ivan Zettel deixou a casa onde atuou por mais de uma década.
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Zettel chegou à emissora em 2006, no meio de uma turbulência: a saída de Flávio Colatrello Jr da direção-geral de Cidadão Brasileiro, por divergências com o autor Lauro César Muniz. Ao lado de Fábio Junqueira e Henrique Martins, ele conduziu, até o último capítulo, os trabalhos da novela que inaugurou o segundo horário do canal.
Antes, Ivan passou pela Globo. Integrou a equipe de Dennis Carvalho em O Dono do Mundo (1991) e Anos Rebeldes (1992). Também esteve com Roberto Talma em De Corpo e Alma (1992) – marcada pelo brutal assassinato de Daniella Perez, cometido por seu colega de elenco, Guilherme de Pádua.
Na Manchete, dirigiu Mandacaru (1997), reapresentada posteriormente pela Band, ao lado de Walter Avancini. Voltou às novelas da Globo na companhia do veterano, conduzindo O Cravo e a Rosa (2000) e A Padroeira (2001). Passou também pelo seriado Sandy & Junior (1999).
A saída de Ivan Zettel da Record coincide com o desacerto do canal e outros tantos profissionais desta fase relativamente recente da dramaturgia. Último autor com quem ele trabalhou – em Dona Xepa (2013), Escrava Mãe (2016) e Belaventura (2017) –, Gustavo Reiz seguiu para a Globo meses atrás, por divergências com o alto comando durante a confecção da sinopse de Gênesis.
O setor, hoje sob comando de Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo, também perdeu Marcílio Moraes, com quem Ivan trabalhou na minissérie Plano Alto (2014). Ana Maria Moretzsohn e Margareth Boury, autoras de Luz do Sol (2007) e Rebelde (2011), também dirigidas por Zettel, já haviam deixado a estação tempos atrás. Nome forte da emissora por anos, o diretor Alexandre Avancini foi outro que saiu recentemente.
