Em crise com Bolsonaro, Globo critica corrupção e posse de armas até em “A Grande Família”

A Grande Família
Marco Nanini como Lineu, em episódio de “A Grande Família” que debateu a corrupção, reprisado pela Globo (Imagem: Reprodução / Globo)

O público que acompanhou, na tarde desta quarta-feira (23), “O Álbum da Grande Família” notou “semelhanças” entre o enredo e a atual situação do Brasil. Os episódios escolhidos pela Globo, “E Tudo Acabou em Linguiça” e “O Cachorro do Agostinho”, repercutiram no Twitter por conta do debate sobre corrupção e posse de armas; o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que busca facilitar a tal posse, vem prometendo combater fortemente a corrupção – embora seu filho, Flávio, esteja sob investigação.

Em “E Tudo Acabou em Linguiça”, originalmente exibido em 19 de abril de 2001, Lineu (Marco Nanini) é saudado por um colega de trabalho, Salles (Ernani Moraes), por conta de uma promoção; na verdade, uma investida de Salles para, tendo Lineu como chefe, conseguir burlar a fiscalização e vender lotes “suspeitos” de linguiça.

Já em “O Cachorro do Agostinho”, no ar em 26 de julho de 2001, Agostinho (Pedro Cardoso) decide comprar uma arma para “proteger a família”, após sua esposa, Bebel (Guta Stresser), ser assaltada. Diante das negativas do clã Silva, o taxista acaba “adotando” um cão de guarda.

Usuário do Twitter ligaram à exibição de tais episódios aos atos, e aos “bastidores”, do governo Bolsonaro. “Tá passando ‘A Grande Família’ e as cenas se encaixando direitinho com a atual situação política do país, as críticas top, maior série”, escreveu um. “Globo militando contra Bolso até com a ‘Grande Família’, bicho”, observou outro.

Eleitores de Bolsonaro criam campanha e declaram guerra à Globo

A Globo virou alvo de críticas pesadas após usar o seu jornalismo para bater de frente com o Presidente da República Jair Bolsonaro desde a última sexta-feira (18). Eleitores do novo presidente, apelidados de bolsominions, criaram duas campanhas contra a emissora carioca.

As campanhas Globo Lixo e Globo Fake News dominam a web desde o final de semana. Tudo aconteceu após a Globo usar boa parte da edição do “Jornal Nacional” do último sábado para falar sobre o governo e, no domingo (20), o “Fantástico” abriu o novo quadro “Isso a Globo Não Mostra” tirando sarro do novo governo.

Na minha casa essa droga não entra”, disparou uma internauta. “Quero ver mídia isenta. Me dê notícias e não suas opiniões”, pediu um perfil no Twitter.

A galera usando a tag Globo Lixo querendo que a Globo acabe… aí vamos ter RedeTV!, Record e SBT… do caralho hein? Só programão!”, alfinetou o humorista Fábio Rabin. “Toda vez que leio Globo Lixo caio na gargalhada. É como chamar a Gisele Bündchen de feia, Bill Gates de fracassado, Beyoncé de incompetente. Admitir o talento do outro, até do opositor, é sinal de inteligência. Só burro invejoso despreza a virtude alheia”, escreveu a escritora Rosana Hermann.

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Duh SeccoDuh Secco
Duh Secco é  "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.