Em crise, emissoras religiosas apelam por ajuda de Bolsonaro

Padre Wellington Silva
Padre Wellington Silva, da TV Pai Eterno; TVs religiosas se unem para pedir verba ao governo Bolsonaro (Imagem: Reprodução / TV Pai Eterno)

A crise que abateu a economia, devido a pandemia do novo coronavírus, fez com que as emissoras de diferentes seguimentos religiosos se juntassem para pedir mais verbas federais em suas programações.

Líderes católicos, neopentecostais e até executivos ateus, todos proprietários de TVs e rádios, estão pedindo auxílio da Secretaria Especial da Comunicação (Secom). As informações são da coluna de Ricardo Feltrin, do UOL, que chamou o movimento de “romaria ecumênica”.

O motivo para o apelo é a fuga de anunciantes que se intensificaram nos últimos meses. A Rede Gospel, TV Mundial, Internacional da Graça, Universal, Vitória em Cristo, Rede Vida e as comerciais menores, como RBTV (Rede Brasil) e TV Gazeta são algumas que decidiram pedir o socorro ao governo.

João Monteiro de Barros Neto, dono da Rede Vida, e o padre Wellington Silva, da TV Pai Eterno, passaram a pedir apoio explícito em troca de publicidade, como informou o Estadão no último sábado (06).

Canais comerciais maiores como a RedeTV!, SBT, Record e Band também solicitaram ajuda do clã Bolsonaro. O governo até autorizou a volta dos famosos sorteios na TV. A entrega de prêmios lembra o antigo 0900, só que com uma nova roupagem. A implantação do novo modelo, porém, está acontecendo a passos lentos e a resposta do público não tem sido positiva.

No caso da RedeTV!, por exemplo, que já iniciou os sorteios, a interrupção da programação para dar os presentes está derrubando a audiência. Segundo a coluna, os pedidos estariam ligados ao aumento de R$ 83,9 milhões, divulgado na semana passada, que o governo federal deu para a Secom com o objetivo de investir em propaganda.

As demais, diga-se, Record e SBT também têm demonstrado apoio ao governo federal em seu jornalismo. As três formam a joint-venture Simba, criada para tratar dos seus direitos comerciais e legais. A empresa reivindica mais dinheiro de publicidade governamental dentro das suas grades de programação para as respectivas emissoras.

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