No final da semana passada, a Globo pegou muita gente de surpresa com a notícia do adiamento de “Verão 90 Graus”, trama de Paula Amaral e Izabel de Oliveira que substituiria “Deus Salve o Rei”. Em seu lugar, optou-se por antecipar “O Tempo Não Para”, trama de Mário Teixeira que seria produzida na sequência.
Dois motivos pesaram para a decisão de postergar o folhetim, que já tinha elenco praticamente fechado e pré-produção bastante avançada. A primeira foi a candidatura de Fernando Collor de Melo à Presidência da República nas eleições deste ano, fato que pegou de surpresa as autoras e o chefe do departamento de dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu.
A maior parte da história de “Verão 90 Graus”, como o próprio título sugere, seria ambientada na década de 1990 e mostraria vários dos personagens centrais sofrendo o efeito do chamado “Dia do Confisco” – quando, na data histórica de 16 de março de 1990, o recém-eleito presidente Collor confiscou o dinheiro da caderneta de poupança de incontáveis brasileiros.
Como a estreia da obra estava programada para julho e se estenderia até outubro, época em que acontece o primeiro turno das eleições, a Globo considerou por bem o adiamento.
Outro fator preponderante foi a dificuldade em obter os direitos de veiculação de alguns videoclipes que foram sucesso nos anos 80, época em que se passa a primeira fase do folhetim.
Além de serem caros e exigirem negociação individual – o que demoraria o processo de compra -, a questão se agrava diante da necessidade de se adquirir os direitos mundiais de cada peça audiovisual, uma vez que “Verão 90 Graus” também visa o mercado internacional.
Com informações do jornal “Extra” e do site “Notícias da TV”.
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