Convidado do The Noite com Danilo Gentili da última quinta-feira (26), Evandro Santo falou sobre a dificuldade em se assumir gay.
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“Rezava para não ser gay, porque em Uberaba (MG) não era uma coisa normal. Depois que eu assumi, não teve mais bullying: dançava Madonna, balé clássico, foi um caminho sem volta“, afirmou ele, que já tentava ingressar ao mundo artístico desde a adolescência.
“Quando tinha 15 anos eu queria ser modelo. Ficava na porta da [agência] Elite fazendo pose em uma árvore, esperando que alguém saísse e visse“, lembrou o ator, revelado no Pânico.
Questionado sobre quem gostaria que o interpretasse em uma possível cinebiografia, ele brincou ao eleger um galã para assumir o papel. “Caio Castro, sou a cara dele“, brincou revelando que já há um projeto. “Entraram em contato comigo, acho que é mais fácil virar um seriado“, analisou.
Ainda na entrevista, Evandro falou a respeito da agressão que sofreu em outubro passado, logo após um show em Marília.
“Fui para a delegacia fazer a ocorrência, cagaram para mim. Mandei um Stories falando mal da delegacia de Marília e fiz tudo aqui em São Paulo, existe um inconsciente coletivo de violência que está saindo das redes sociais já para a vida real“, desabafou.
“Imagina quanto gay apanha na periferia. Parece que tem uma turma que vai para o show de comédia para achar uma vírgula e atacar a gente. Tem um complô contra as pessoas consideradas artistas livres“, lamentou.
O intérprete de Christian Pior também comparou sua experiência como jurado do Programa Raul Gil e os tempos do programa Pânico. “Choro muitas vezes [com os candidatos]. No Pânico era aquela coisa de esculachar, de ser cruel. No Raul Gil posso exercitar um outro lado, de ser justo. Sou honesto“, definiu.
