Ainda lembrada como a atriz mirim de novelas como Os Gigantes (1979 – Globo), hoje, ao refletir sobre a carreira, Monique Curi revelou, em entrevista a Glenda Kozlowski no YouTube, que viveu um relacionamento abusivo na adolescência, no qual o seu namorado da época fazia chantagem para ela recusar convites.
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“É como se eu tivesse uma história de vida até os 17 anos (e outra depois). Eu tinha um namorado, ele era superciumento”, contou. “Ele dizia que se eu voltasse a fazer novela, terminaria o namoro comigo. Fui para Belo Horizonte, namorando de longe. Quando eu estava lá, Marcos Paulo e Dennis Carvalho me chamaram para duas novelas e eu neguei. Sofri horrores por anos da minha vida. Meu marido me resgatando a autoestima a vida toda”, confessou.
Aos 52 anos, a atriz, entretanto, disse não guardar ressentimentos e ponderou: “Minha história de vida tinha que ser essa”. A perda de oportunidades na carreira, o fim do namoro e outras pendências familiares fizeram com que Monique desenvolvesse um sério transtorno alimentar: a bulimia.
“O namoro não voltou, minha autoestima foi à zero: fiquei sem o namorado, sem profissão, sem o Rio de Janeiro, sem as amigas. Comecei a comer demais, não me reconhecia no espelho, não conseguia fazer dieta”, lembrou.
Monique falou que usava a compulsão alimentar para preencher um vazio, até que o quadro tornou-se mais drástico: “Tive a ideia horrorosa de colocar para fora. Eu comia sete vezes por dia para vomitar. Tive danos sérios de saúde: estraga os dentes, tive dores abdominais (…) Isso não é uma ideia, gente. Isso mata”.
A atriz atribui o convite feito por Manoel Carlos para trabalhar em Felicidade uma das razões que a levou a se curar da bulimia. Após ser aprovada no teste, a rotina de trabalho foi fundamental. “Eu não tinha tempo de comer, a autoestima foi sendo resgatada. Me arrependo de não ter pedido ajuda. Foram seis anos de bulimia. Minha vida foi no fundo do poço”, disparou.
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