A reprise da primeira temporada de Malhação (1995), no canal Viva, trouxe à tona o atual momento de Ademir Zanyor, que deu vida ao professor de natação Israel.
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Ademir sentiu o poder do sucesso e viu sua vida virar de cabeça para baixo com suas aparições na Globo, porém, tempos depois, decidiu deixar tudo para trás pela religião.
Ao UOL, o ator contou como foi sua participação na novelinha da Globo. “Quando descobriram onde gravávamos, lotavam a entrada do estúdio. Eu via tudo aquilo acontecer e pensava ‘Que sensacional’. Num dia, entrei, gravei e não era ninguém. No final da tarde, o programa ia ao ar. No dia seguinte, quando cheguei, tudo tinha mudado”, disse.
O personagem abordava temáticas como racismo e acabou ganhando adesão de muitos telespectadores. “Atraía mulheres e homens. Aparecia sempre de sunga. Alcancei o terceiro lugar de mais cartas recebidas na Globo! O personagem dava um tempero na ‘Malhação’. Sem hipocrisia: é muito bom a gente ser querido, amado e desejado. A autoestima borbulhava”, contou.
Zanyor declarou que as amizades que fez na novela são semelhantes à que fez no colégio. “É bem verdade que é igual ao colégio, quando alguém se forma e cada um segue seu caminho. Mantive contato com o André Marques, a Daniela Pessoa. Não tinha Instagram, criei há um ano. Com a reprise, o André postou uma foto comigo. Logo depois, foi uma badalação de gente vindo conversar”, comparou.
O ator revelou que viajou a Portugal em um período que a reprise da primeira temporada estava sendo reprisada. ‘”Malhação’ marcou uma época, uma geração. A marca ainda é muito forte. Eduardo Caldas, um dos atores da temporada, me procurou depois do início da reprise e retomamos contato. Meus filhos acompanham e curtem demais ver os vídeos”, confessou.
No entanto, após fazer Malhação (1995), Salsa e Merengue (Globo, 1996), Xica da Silva (Manchete, 1996) e Fascinação (SBT, 1998), uma leucemia acometeu sua irmã mais nova, Thamyris, com oito anos na época. A doença trouxe uma mudança radical na vida de Zanyor, que se submeteu à igreja protestante.
“Algo muito forte aconteceu dentro de mim. Sou o fruto da semente que foi a minha irmã, recolhida para Deus. Fui ficando apaixonado por Jesus. Sendo limpo. Meu dom foi para a igreja. Comecei uma carreira ministerial. Fui ordenado obreiro, evangelista, missionário, pastor”, disse ele, que completou:
“Já fui a Angola, Israel, Egito, Bolívia. Visitei presídios, comunidades, favelas, zonas de prostituição, tentando levar uma palavra de esperança para as pessoas. Para que se sentissem respeitadas como seres humanos. Não querendo que elas fizessem parte da religião, mas que se tornassem melhores.”
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