Exclusivo: Zezeh Barbosa celebra personagem Quanto Mais Vida, Melhor! e sucesso nas redes sociais

Zezeh Barbosa

Zezeh Barbosa como Dona Tetê, em Quanto Mais Vida, Melhor!; atriz comemora volta às novelas e êxito nas redes sociais (Imagem: Divulgação / Globo)

Zezeh Barbosa está de volta à telinha depois de longos seis anos. Quem estava com saudades das personagens divertidas da atriz, de 58 anos, já pode comemorar e se preparar para boas risadas com Tetê, em Quanto Mais Vida, Melhor!, a próxima novela das sete, da Globo, que estreia no dia 22. “Retornar a novela está curando minha saudade”, confidencia.

Durante a pandemia, a atriz decidiu se aventurar nas redes sociais – já está com 109 mil seguidores no Instagram – e descobriu por lá um ótimo canal para interagir com seu público e dar voz a causas importantes. Em entrevista ao RD1 ela contou sobre essa descoberta e falou sobre o novo trabalho.

RD1 – Seu retorno às novelas depois de quase seis anos, num cenário de pandemia, o que esse trabalho representa pra você?

Zezeh Barbosa – Um presente! Todo cuidado e protocolo da emissora foram muito importantes, me sentia protegida e segura. Gravar e conviver com toda nossa querida equipe, sem abraços é difícil, mas somos todos envolvidos pelo bem geral. Redescobrimos o “olhar”, a importância de sorrir e acarinhar com o olhar. Tem sido maravilhoso, amo o personagem, toda nossa equipe, direção, autor. Retornar a novela está curando minha saudade.

Como foi / está sendo participar dessa novela, com restrições, estreando toda gravada? Qual foi seu maior desafio?

Gravar nossa novela com restrições é um aprendizado, mas sou boa aluna, sigo à risca. Em casa, seguimos todos os protocolos também. Estrear com a novela toda gravada é diferente, mas o fato de estar fazendo o que adoro, estar saudável, Graças a Deus, torna tudo à volta um aprendizado.

Conta pra gente sobre a Tetê e o que ela e Zezeh têm em comum.

Dona Tetê é uma mulher muito animada, que veio ao mundo para ser feliz. Adora cantar no karaokê, dançar, fofocar e “peguetes” (risos). Acho que o que temos em comum é que pensamos que “a vida vale a pena, sempre”. No mais, somos muito diferentes.

O que podemos esperar desse trio com Marcos Caruso e Elizabeth Savala? O público vai torcer por Tetê nesse triângulo ou ela será a “vilã”?

O trio será muito animado! Espero que o público também torça por Tetê, ela só quer curtir a vida (risos). Não acho que ela seja vilã, ela busca o amor. Mas com relação a fofocas, aí já não sei o que dizer (risos).

Você tem uma relação profissional e pessoal já conhecida com Miguel Falabella. Tem algum projeto com ele no radar?

Sim, gosto muito e já trabalhei bastante com o Miguel. Não tenho nenhum trabalho em vista com ele, mas tenho uma gigante intenção de voltar ao teatro, morro de saudades.

Como você vê hoje a participação do negro na dramaturgia? Você participa de alguns projetos para aumentar essa representatividade, né? Fala um pouco sobre isso.

A representatividade negra na dramaturgia é ainda insignificante, a começar que muitas obras, se não citam que o personagem é negro, o ator não é convidado. A arte, por ser também uma forma de protesto, de amor, de igualdade, não poderia discriminar qualquer tipo de raça, opção sexual. Fui convidada pelo Fabio Porchat a participar do júri do Prêmio do Humor, em que uma das cláusulas é 50% do elenco e da equipe sejam negros. Topei na hora! Admiro muito o Fábio, artista multifacetado, criativo, genial. Dando a linha na pipa, para ela voar longe e, quem sabe, isso inspira outras pessoas que acreditam que é preciso mudar.

Qual a sua relação com as redes sociais? Isso aumentou no período de isolamento? Você quer que sua voz / fala represente o que?

Minha relação com as redes sociais, com certeza foi criada no período de isolamento. Foi meu amado menino Francisco (filho), Kiko para os íntimos, quem fez a negociação (risos), sempre pontuando, que eu deveria estar mais próxima dos fãs, que seria divertido, que eu poderia me expressar. E não é que era verdade (risos)? Hoje, sei da importância das redes sociais como instrumento para tanta coisa… Tenho seguidores muito carinhosos (adoro trocar carinho!), então se a base é amor, independente de cor, sexo, qualquer tipo de preconceito – com carinho podemos falar sobre tudo. Amor, alegrias, discordar e concordar, protestar, chorar por perdas e exigir o respeito negado. Não está fácil para o negro, que é quem sofre o maior número em desemprego, em condições insalubres para morar, para comer. Acho a vida nas redes maravilhosa, mas não devemos esquecer que a vida fora das redes continua…

Fernanda Menezes Côrtes
Escrito por

Fernanda Menezes Côrtes

Fernanda Menezes Côrtes é jornalista, com mais de 20 anos de experiência em assessoria de comunicação, sendo os últimos onze anos voltados ao mundo do entretenimento e da televisão. Trabalhou na comunicação da Globo e do Canal Viva e como assessora de artistas.