Fafá de Belém concedeu uma entrevista ao Domingo Espetacular na qual falou sobre os aprendizados conquistados durante a pandemia. Durante o bate-papo com Carolina Ferraz, a cantora, que assumiu os cabelos brancos em março do ano passado, desabafou sobre as questões do envelhecimento no Brasil.
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“Quando nós começamos a fazer as lives, me atentei para uma coisa que é a invisibilidade a partir dos 60 anos. É como se envelhecer no Brasil fosse pecado, é como se você não tivesse mais oportunidade”, pontuou a também atriz.
Mariana, filha e produtora de Fafá de Belém, também participou da conversa, e falou sobre como está sendo esse período entre as duas. “A relação de mãe e filha não é um mar de rosas. Mas se você tem inteligência e muito amor, ela vira uma aprendizagem“, refletiu.
“Estou meio reclusa porque essa segunda onda me pegou de uma forma diferente. É a primeira vez desde que saí de casa, aos 17 ou 18 anos. Eu fiquei cinco meses na minha casa, de março a junho”, complementou.
Sobre as madeixas, Fafá já havia comentado sobre o assunto anteriormente e citado algumas mensagens negativas que recebe na internet. Ela saiu de férias em 2020 e não levou nenhum produto de beleza. Na volta, ia fazer um filme em que interpretaria uma guru com cabelos brancos. A ideia era que ela usasse uma peruca, mas a artista preferiu deixar seu cabelo natural.
“Existe o preconceito muito mais de mulheres do que homens. Nas lives, recebo uns ‘pinta esse cabelo’, ‘está parecendo uma bruxa’, ‘uma velha.’ Bicho, uma bruxa, todos nós somos. E envelhecer é o nosso caminho. Eu me acho linda. Acho que me deu uma luz”, contou.
“A obrigação de você ter que parar para observar se tem uma raiz branca… é muito mais dos outros do que a gente. Tudo são convenções. Posso um dia resolver pintar o cabelo, mas toda a semana ter que fazer a raiz, não… É uma liberdade conquistada“, disse.
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