Ex-âncora do “Jornal da Globo”, William Waack concedeu uma entrevista exclusiva ao jornalista Marcelo Bonfá, para o seu canal no YouTube, e contou detalhes da sua vida após sua saída da Globo.
O jornalista questionou para Waack se a Globo era um ninho de cobras. “Qualquer grande empresa é. Qualquer grande empresa tem pessoas de extraordinária capacitada e de caráter muito bom e qualquer grande empresa terá também canalhas inomináveis e acho que isso se aplica como regra da humanidade“.
Ele falou ainda o que ele entende que trouxe para a história da emissora carioca. “Sobretudo credibilidade, o que eu formei na minha carreira, que já era de ponta muitos antes de eu ingressar na emissora. Eu fui um dos últimos que a emissora trouxe de um outro universo. Ela e outra tem investido na criação dos próprios quadros, anteriormente havia muito o ingresso no meio eletrônico dos jornalista formados no meio impresso“.
“Entrei na televisão bastante tarde, entrei aos 46 anos“, completou ele, que esteve durante 21 anos na Globo. “O que eu trouxe para a emissora foi a credibilidade e a perícia técnica, profissional que eu tinha conquistado, consolidado. Eu cheguei na Globo com trinta anos de carreira“.
Waack afirmou sentir saudade de sua equipe na casa. “Eu tenho saudade das pessoas, eu tinha uma equipe extraordinária, gente maravilhosa“‘, disse ele, que não cita nomes. “Da convivência, de algumas pessoas muito inteligentes, muito preparadas do ponto de vista profissional“. Sobre as coisas que ele quer esquecer que viveu dentro da Globo, ele despistou. “Já esqueci“, disse ele.
Waack afirma que os ataques do público contra ele não existem mais após o vídeo vazado que definiu a sua saída do canal. “Não, a esmagadora maioria das pessoas percebeu que aquilo era uma piada de boteco, dita no ouvido de um amigo, sussurrado como todo mundo faz depois de tomar duas cervejas e brincar“.
“Nunca foi ao ar aquilo, é bom esclarecer“, garantiu. “Jamais foi feito ao ar. Aquilo evidentemente foi roubado de um servido interno da TV Globo e fizeram o uso que fizeram“, explicou.
O jornalista questionou se ele já foi ofendido em local público. “Não, pelo contrário“, respondeu. “Perdeu amigos?“, questionou Marcelo. “Nenhum, ganhei vários“, destacou. E perguntou se Waack já perdeu contratos de trabalho. “Não, eu nunca fui tão solicitado para dar palestras como agora. Eu cumprindo minha agenda até o fim de 2018 terá sido o recorde absoluto da minha carreira: 67 palestras“, afirmou.
Ele afirma que os ataques que sofre na web é de militantes do Partido dos Trabalhadores. “Tem sim, muitos ligados ao PT. Eu como jornalista sempre fui muito crítico com relação as politicas do PT e parece que a militância não me perdoará jamais. “Racista”, acharam essa oportunidade de me ofender“, disse ele. “Faz parte da vida, hater é parte da vida“.
William Waack afirmou que pretende voltar a trabalhar na TV. “Vindo uma oferta de trabalho legal é claro que eu vou ouvir e vou fazer, mas sair da internet eu não vou“, disse ele, que afirmou ter conversado com a BandNews.
Waack ainda respondeu se existe vida fora da Globo. “Completamente e muito boa por sinal“, afirmou o jornalista, que é muito requisitado para eventos corporativos e acadêmicos.
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Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].