Após a repercussão, nas redes sociais, sobre o crime cometido por uma das entrevistadas em reportagem de Drauzio Varella no último dia 1º de março, o Fantástico decidiu se posicionar neste domingo (8).
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Os apresentadores do jornalístico afirmaram que o quadro do médico retratou “uma situação que o estado brasileiro precisa enfrentar: mulheres trans que cumprem as penas pelos crimes que cometeram em meio a presos homens, o que gera toda sorte de problemas, como foi visto aqui”.
“Os crimes das entrevistadas não foram mencionados, porque este não era o objetivo. Foi divulgada uma estatística geral do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos sobre as presidiárias trans, mostrando que 38,5% estão presas por roubo, 34,6% por tráfico, 15,4% por furto, 7,7% por homicídio e 3,8% por associação para o tráfico”, disse Tadeu Schmidt.
Em seguida, Poliana Abritta acrescentou que a reportagem causou diversas reações e a Globo compartilhou a nota divulgada por Drauzio Varella para rebater as críticas.
No seu comunicado, cabe lembrar, o médico desabafou: “Há trinta anos, cuido da saúde de criminosos condenados. Por razões éticas, não busco saber o que de errado fizeram. Sigo essa atitude para cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico”.
“E para não cair na tentação de traí-lo, atendendo apenas aqueles que cometeram crimes leves. No quadro do fantástico, segui os mesmos princípios. Sou médico, não juiz”, completou.
Confira o vídeo:
Quadro com doutor Drauzio Varella sobre mulheres trans em presídios brasileiros, exibida na semana passada, gerou muita empatia no público, mas também críticas por não mencionar os crimes que elas haviam cometido. Veja nota do médico e do #Fantástico https://t.co/Gwafzvsfqf pic.twitter.com/THOR0VP63W
— Fantástico (@showdavida) March 9, 2020
Entrevistada polêmica de Drauzio Varella
Um dos casos que mais chamou a atenção do público na matéria de Varella foi o da transexual Suzy, que não recebe visitas na cadeia há oito anos e chegou a ser abraçada pelo médico.
Neste domingo (08), no entanto, as redes sociais começaram a compartilhar o motivo da prisão de Rafael Tadeu de Oliveira dos Santos, nome de batismo de Suzy.
Segundo documento divulgado pelo site O Antagonista, a trans foi presa por estuprar e estrangular Fábio dos Santos Lemos, de 9 anos, em maio de 2010. Além de matar a criança, ela teria deixado o corpo do garoto apodrecer em uma sala.
Após a revelação da história, muitos internautas começaram a detonar o Fantástico e a Globo por não terem divulgado os crimes cometidos pelas entrevistadas.
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