O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, pediu uma audiência com o chefe da polícia Civil do Rio de Janeiro por causa da intimação contra o youtuber Felipe Neto por ter chamado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de genocida.
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Santa Cruz enviou um ofício ao chefe da polícia, o delegado Allan Turnowski, que foi encaminhado na última quinta-feira (17), para tratar do “Mandado de Intimação recebido pelo Sr. Felipe Neto, no dia 15 de março de 2021, expedido pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI)”. As informações são do jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Segundo o presidente da OAB, a “questão é flagrantemente ilegal, haja vista identificarmos que a atuação da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) instaurou procedimento destinado a apurar conduta manifestamente atípica, com a utilização das forças policiais para perseguições político-ideológicas”.
Na última segunda-feira (15), Felipe Neto foi intimado a depor pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por suposto crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Foi ele quem revelou a ação feita pelo delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Felipe Sartori.
“Carlos Bolsonaro foi no mesmo delegado que me indiciou por ‘corrupção de menores'”, afirmou o ativista em sua rede social. Sartori negou favorecimento político ou intimidação a Neto.
“Para qualquer caso em que uma pessoa ofende a outra, é feito o registro. A vítima precisa demonstrar interesse para ver aquilo apurado, ainda que através de outra pessoa devidamente autorizada. Eu não sou proativo, essas demandas nos chegam e fazemos um registro. Não entendo essa repercussão. O juiz é que vai entender se arquiva esse caso ou não”, explicou Sartori. A informação é do UOL.
“Ofender o Bolsonaro pode ter duas conotações. Ou um crime contra a honra previsto no Código Penal ou um crime contra a Lei de Segurança Nacional. Foi narrado um fato criminoso, que será apurado. Isso não é um crime grave, de pena alta. Então, o tratamento é mais brando, é uma investigação sem quebra de sigilo”, informou.
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