Fernanda Lima revelou como decidiu lidar com a questão do diálogo sobre temáticas difíceis com seus filhos mais velhos, Francisco e João, de 13 anos. Ela ainda é mãe de Manuela, de um ano. O trio é fruto do casamento com Rodrigo Hilbert.
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Segundo a famosa, a família optou por manter um diálogo saudável e aberto sobre quaisquer temas, afim de se aproximar e estabelecer segurança e confiança uns com os outros.
“Está sendo uma parceria muito legal. Os meninos confiam muito em mim como amiga. Tem aquela coisa de que ‘Ah, pai não é amigo’. Eu resolvi fazer um caminho inverso. Prefiro que eles me considerem uma pessoa com quem eles podem trocar, com quem eles podem dividir, com quem podem tocar em assuntos cabeludos… E nesse lugar eu acho que é mais fácil você acessar um filho. É mais fácil conversar de igual para igual“, disse ao podcast da Gama Revista.
Em seguida, a estrela deu mais detalhes da sua estratégia: “Eu falo para eles coisas que aconteceram comigo, medos que eu tinha nessa idade, inseguranças que na verdade são inseguranças bobas, que eles não precisam ter, e mesmo que eles tenham, que saibam que isso vai passar, sabe? Que é uma coisa do momento. Tudo o que entendo que é uma irritabilidade da adolescência eu explico para eles“.
Pelo visto, tem funcionado! Segundo Lima, são os próprios garotos que a procuram para momentos de diálogo.
“Eles vêm e dizem: ‘Mãe, você vai lá com a gente conversar?’ E eu: ‘Vou’. Aí pego, levanto, vou para o quarto deles, eles deitam, a gente apaga a luz… Aí eu boto uma cadeira no meio, entre as duas camas, e falo: “Vamos lá”. Aí começa um diálogo no escuro, superinteressante, sobre todos os assuntos que você pode imaginar. Não é uma coisa que eu forço. Eles estão vindo procurar, sabe? Parece que quando a gente apaga a luz eu não sou mais a mãe, eles não são mais os filhos, e a gente conversa“, confidenciou.
Não há filtro na conversa entre eles: “Tudo o que vem à mente, todos os medos, as inseguranças, dúvidas, questões sobre namoro, sexo, enfim. Então, está sendo uma experiência muito boa. Eu posso estar muito iludida e daqui a pouco eles me mostrarem que não é bem assim (…) mas nesse momento estou dando um suporte que para eles é legal“, garantiu.
Sobre a pandemia com a família, Fernanda agradeceu por ter os filhos na faixa etária em que estão. “Eu ainda acho que dei sorte de ter (filhos) de 13 anos e uma bebê. Acho que é mais difícil para quem tem filhos de 6,7,8, 9 anos. Porque esses pais, sim, passaram muito perrengue (na pandemia). Porque ensino à distância para uma criança que está em alfabetização é uma sacanagem. É muito difícil. Deve ser muito difícil. Então, eu consegui organizar as duas pontas porque eles estavam mais velhos, com muita responsabilidade, e ela totalmente colada em mim“, observou.
A apresentadora contou ainda sobre como a relação com a caçula a ajudou a superar a perda do pai para a Covid, em julho de 2020. “Ela era um bebê. Eu fiquei praticamente sem ajuda. E a gente ficou muito grudada: dormindo junta, acordando junta… Eu só fazia as coisas com ela pendurada em mim. O que foi muito legal. No meio desse processo, meu pai pegou Covid e faleceu, depois de três meses internado. A gente se retroalimentou uma na outra. foi muito forte, sabe? E foi muito bonito, ao mesmo tempo. Porque enquanto eu perdia uma parte de mim eu tinha uma outra partezinha que estava comigo, sabe? E com muita vida, com muita vontade de viver. E bebê tem aquela coisa, né? Cada dia uma coisinha nova acontecendo, sorriso e tal…“, lembrou.
A gaúcha, por fim, falou sobre seu acordo com o marido em relação à criação e cuidados com a menina.
“Conforme o tempo vai passando, como mãe, a gente vai sempre dominando o território porque a gente é que sabe fazer do jeito mais competente, a criança só quer dormir com a gente, e o banho é isso… Nessa maternidade eu decidi que ele vai fazer as coisas tão bem quanto eu acho que faço. Então, ao contrário de querer dominar e fazer… Essa noite, por exemplo, ela acordou de madrugada. Aí meu sexto sentido falou assim, porque ela estava acordando muito: ‘É a fralda’. Aí ele (Hilbert) disse: ‘Não! Imagina’. E é horrível não dormir, né? Qualquer pessoa fica insuportável de madrugada. A gente não quer acordar, né? E homem mais ainda. Não sei por que. Acho que é porque com a amamentação a gente está mais acostumada. Eu não estou nem aí. Vou lá, dou uma catucadinha e falo: ‘Eu acho que é a fralda. Vai lá e troca’“, contou.
Em seguida, completou: “Ele nem lembra que falou isso para mim, mas eu lembro. ‘Vai lá e troca’ (disse Hilbert, e Fernanda rebate); ‘”Não. Por que eu vou lá e troco? Você vai lá e troca!’ Aí ele levantou e trocou (risos). Não muito feliz. Provavelmente outros pais e outras mães que vão ouvir isso vão falar: ‘Nossa, que maravilhoso, ele foi lá e trocou! Nossa, mas ela é uma carrasca’. Cara, eu não estou nem aí. Se eu puder virar esse jogo, mudar essa situação, ajudar essas mulheres a entender que é divisão de tarefas, sim, sabe? E que a gente precisa se impor nesse sentido e abrir mão também, sabe? São coisas muito difíceis para a mulher. Se eu mandar ele levantar e trocar a fralda ele vai me querer menos por causa disso? Então esse cara não é para mim, entende? Isso não é uma medição de forças. É uma divisão de tarefas de filhos que ambos botamos no mundo“.
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