Fernanda Montenegro, às vésperas de seu 92º aniversário – no próximo dia 16 – vai entrar para a Academia Brasileira de Letras. Segundo informações da jornalista Cleo Guimarães, da revista Veja, a veterana assume a cadeira 17, que foi de Affonso Arinos de Mello Franco. A vitória está sacramentada, mas o anúncio oficial só deve sair em 4 de novembro.
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A escolha de Fernandona foi, de certa forma, consagradora. É que ninguém se inscreveu para disputar tal vaga com ela, o que pode ser entendido com uma reverência à atriz, de contribuições inestimáveis para a televisão, o teatro e o cinema. O prazo para novas inscrições, aliás, já chegou ao fim. A posse está prevista para o final do recesso da ABL, em março do ano que vem.
Fernanda Montenegro, nome artístico de Arlette Pinheiro Monteiro Torres, é a única atriz brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz, por seu desempenho no filme Central do Brasil (1998). Também a primeira a ganhar o Emmy Internacional, graças à atuação na série Doce de Mãe (2013). Como escritora, assinou Fernanda Montenegro – Itinerário Biográfico (2018) e Prólogo, Ato, Epílogo (2019).
Cria do teatro, a atriz despontou na TV na década de 1950. Antes do ingresso na Globo, passou por novelas da Excelsior e da Band, como Sangue do meu Sangue (1969) e Cara e Cara (1979). Na emissora líder de audiência, estreou em Baila Comigo (1981). E logo na sequência deu vida a Chica Newman, milionária que rejeitava o filho homossexual, em Brilhante (1981).
Nos anos seguintes, Fernanda marcou presença em clássicos como Guerra dos Sexos (1983), Cambalacho (1986), Riacho Doce (1990) e Renascer (1993). Em 2005, encarnou as vilãs Madrasta e Bia Falcão, na minissérie Hoje é Dia de Maria e na novela Belíssima, respectivamente. Dez anos depois, surpreendeu o público ao formar, com Nathalia Timberg, o casal de lésbicas Teresa e Estela, de Babilônia.
A última participação de Fernanda Montenegro em uma atração de TV foi o especial Amor e Sorte (2020), gravado em meio aos protocolos sanitários adotados para o combate à Covid-19. O programa rendeu, no mesmo ano, o spin-off Gilda, Lúcia e o Bode. Nas telonas, destaque para A Falecida (1965), Eles Não Usam Black-Tie (1981), Casa de Areia (2005) e Piedade (2021), lançado recentemente.
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