Menos de dez dias depois do anúncio oficial da sua saída da Globo, Regina Duarte voltou a ser entrevistada pela emissora. Na semana em que tomou posse para o comando da Secretaria Especial de Cultura, a atriz concedeu uma exclusiva para o Fantástico, que foi ao ar neste domingo (8).
VEJA ESSA
Na conversa, a famosa falou sobre sua decisão de assumir o cargo, a cultura brasileira e também as polêmicas que já se envolveu desde que começou o “noivado” com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Entre outras coisas, Regina Duarte disse que quer separar o ativismo da cultura em sua gestão e afirmou ter sido alvo de “uma facção” que quer ocupar seu lugar no governo. “Eu só lamento ter perdido tanto tempo desfazendo intrigas que foram criadas, fake news, acusações não verdadeiras a respeito da proposta da equipe que tá comigo”, comentou ela.
“Estivemos ocupados com enormes dificuldades de toda uma facção que quer ocupar esse lugar. Quer que eu me demita, que eu me perca”, completou a artista sobre a sua primeira semana no cargo.
Cabe lembrar que, ao tomar posse, a ex-atriz da Globo demitiu seis funcionários identificados como seguidores de Olavo de Carvalho. Um nome polêmico, entretanto, permanece no cargo: Sérgio Camargo, à frente da Fundação Palmares, órgão responsável pela promoção da cultura afro-brasileira.
Questionada sobre isso, Duarte disse que ele é “ativista, mais que um gestor público”. “Eu tô adiando esse problema porque essa é uma situação muito aquecida. (…) Que baixe um pouco a temperatura. E logo, logo a gente vai ver. O que tem força vai ser”, afirmou ela.
“Você percebe que tem pessoas que estão ocupando cargos (…) para fazer ativismo, para se eleger nas próximas eleições. No nosso caso, meu e da equipe, o que a gente quer é fazer cultura”, desabafou a nova secretária.
