Fora da Globo, Silvio de Abreu detona demissões na TV e comenta sobre o futuro das novelas

Silvio de Abreu
Silvio de Abreu fala sobre o futuro das novelas e demissões na Globo (Imagem: João Cotta / Globo)

Silvio de Abreu detonou as várias demissões que ocorreram na Globo ao longo dos últimos meses. O ex-diretor responsável pela Teledramaturgia do canal disse que todas as vezes que uma dispensa era anunciada a sua ida ao RH era imediata.

“Isso foi uma resolução que surgiu quando a Globo fundiu as várias empresas do grupo e resolveu enxugar seus quadros”, relatou em entrevista à Veja. “Eu fui totalmente contra”, alertou. “Todas as vezes que alguém era dispensado, eu ia ao RH para discutir”, admitiu.

A resposta do Recursos Humanos da empresa era sempre a mesma: “Eles falavam que, se eu precisasse daquele ator, poderia recontratá-lo para um trabalho específico”.

Novo colaborador da WarnerMedia, Silvio de Abreu falou abertamente sobre a produção das novelas em tempos de polarização política.

“É horrível, pois qualquer imbecil que fale qualquer coisa alcança repercussão em cima dos outros. Você faz uma novela e gasta um tempão tendo de dar satisfações. A polarização é uma coisa muito acéfala, né?”, indagou.

“Você é obrigado a ser branco ou preto, não pode ser cinza, amarelo, vermelho. Tem de ser ou um ou outro. E se fala algo que parece ofender alguém, aí já era”, cutucou ele, que deu como exemplo uma cena de Nos Tempos do Imperador:

“Quando estreou Nos Tempos do Imperador, teve um discurso do Dom Pedro II dizendo que no Brasil não haveria ditadores. Aí vieram falar que a Globo fez isso para atacar o Bolsonaro. Não tinha nada a ver. Mas cada um interpreta como quer”.

Sobre a audiência das novelas da Globo, o autor defendeu a antiga empresa e jogou a culpa na concorrência. “Tem muito mais concorrência hoje em dia, coisa que não existia no passado. Por décadas, as pessoas mal mudavam de canal. Agora, são atraídas não só por outras emissoras, como também por todos os serviços de streaming e canais da TV paga”, considerou.

“Não dá para esperar o sucesso que Rainha da Sucata teve em 1990, com 70 pontos de audiência, porque o público não está mais só vendo novela. Mas, quando surge uma trama que realmente desperta interesse, o público volta”, frisou.

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