Galvão Bueno abriu o coração sobre sua saída da Globo após 43 anos de carreira na emissora e revelou, pela primeira vez, sua decepção com a forma como o processo foi conduzido.
Em entrevista ao programa Olho no Olho, da Folha, ele revelou que ficou incomodado com a maneira como a emissora lidou com sua despedida.
Galvão Bueno fala sobre o tratamento da Globo
Segundo Galvão, após sua longa parceria com a Globo, ele foi questionado pela emissora se teria algum projeto para seguir contratado, o que ele considerou deselegante.
“Achei um pouco de desaforo”, afirmou o narrador, que, com isso, expressou claramente o desconforto com a maneira como a Globo tratou sua saída.
O primeiro episódio da entrevista de Galvão está disponível a partir de quinta-feira (4) no canal da Folha no YouTube, onde o narrador também compartilhou outras reflexões sobre sua carreira e seu futuro.
Galvão e o digital
Galvão explicou que recebeu muitos convites para trabalhar apenas no digital, mas afirmou que seu foco é a televisão e não se viu confortável com a ideia de trabalhar somente no YouTube
“Ficar só no YouTube não deu para mim. Não quero ser youtuber, quero fazer televisão no YouTube”, disse, deixando claro que seu vínculo com a TV tradicional ainda é forte.
Ele também revelou um convite de Johnny Saad, dono da Band, dizendo que pode trabalhar lá quando e por quanto tempo quiser, oferecendo-lhe uma porta aberta para novas oportunidades.
Polêmicas e mágoas
Na entrevista, Galvão Bueno também abordou polêmicas que marcaram sua trajetória, como a camisa vermelha da seleção brasileira.
“Fiquei puto da vida com essa história, mas não teve nada a ver com política. Era uma falta de respeito com a camisa azul [o segundo uniforme], que é tradicional”, explicou, destacando sua ligação emocional com as cores tradicionais da seleção.
O narrador também expressou sua mágoa com Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da CBF, por uma situação de não cumprimento de um compromisso comercial.
Ele revelou que foi ele quem indicou Carlo Ancelotti para o cargo de técnico da seleção brasileira, destacando seu papel ativo nas decisões da CBF.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]