A Gazeta praticamente extinguiu o seu departamento de jornalismo. Cerca de 80 profissionais foram dispensados nesta segunda-feira (5). Dentre eles, o diretor Dácio Nitrini, o editor-chefe Sérgio Galvão, os âncoras Rodolpho Gamberini e Stella Gontijo e o comentarista Joseval Peixoto, contratado no mês passado.
Foram mantidos, apenas, 14 funcionários, encarregados de cumprir as exigências da lei quando ao jornalismo televisivo. O enxugamento no quadro acontece, curiosamente, no momento em que a emissora passa a contar, de novo, com o aporte financeiro da Igreja Universal do Reino de Deus. A IURD deixou duas faixas de programação – das 6h às 8h e das 20h às 22h – em 30 de setembro; regressou no último dia 1º, sem aviso prévio.
Por meio de comunicado oficial, a Fundação Cásper Líbero afirmou que “reestruturação interna” tem o “objetivo de equalizar suas despesas à realidade das receitas do momento e, com isso, preservar seu equilíbrio financeiro e manter os resultados econômicos administráveis”. “O impacto desta decisão na TV Gazeta inclui a redução substancial da Central de Jornalismo, área que demanda subsídio majoritário da Fundação Cásper Líbero”, conclui.
A “reestruturação” implicou na extinção dos boletins jornalísticos em programas femininos, como o “Revista da Cidade” e o “Mulheres”, bem como na do “Jornal da Gazeta – Edição das Dez”. O canal informa que “seus planos são incrementar a produção de jornalismo o mais breve possível, tão logo a situação econômica permita, com o devido apoio do mercado publicitário”.
Despedida
Via Facebook, Dácio Nitrini se despediu da casa: “Encerro hoje minha atuação profissional na TV Gazeta – SP. Saio da direção do jornalismo com cerca de 25 profissionais demitidos da Fundação Cásper Libero por alegadas razões econômicas. Foram quase nove anos de trabalho com uma equipe sempre entusiasmada pelo jornalismo de qualidade da qual tenho orgulho de ter feito parte”. Já Stella Gontijo compartilhou uma foto dos funcionários dispensados.
