Gilberto Gil lembra fase como ministro e detona Bolsonaro: “Ignora as necessidades culturais”

Gilberto Gil
Gilberto Gil desabafou contra o Governo Bolsonaro (Imagem: Divulgação)

Gilberto Gil voltou a detonar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e falou sobre a cultura no Brasil. Em entrevista à imprensa francesa, o cantor disse que o atual Governo Federal “ignora as necessidades culturais”.

Na entrevista, ele relembrou o início de sua carreira, em Salvador, o encontro com Caetano Veloso na universidade, a luta contra a ditadura, os anos de exílio e a carreira política.

“Durante meu mandato [como ministro da Cultura de Lula], mais de 3.000 locais de cultura, com material multimídia e acesso à internet, foram inaugurados, especialmente nas favelas e nas comunidades indígenas da Amazônia: apenas por esse projeto, meus cinco anos no ministério valeram a pena”, comentou o famoso.

Gilberto Gil, então, falou dos cortes drásticos do atual Governo na área da cultura, reduzindo o ministério a uma subsecretaria.

“Bolsonaro ignora todas as necessidades culturais dos brasileiros. Ele também não entendeu a necessidade para a nossa sociedade de se abrir ao mundo. Nossa diplomacia tem que ser completamente repensada, nossos representantes precisam ser substituídos. Minha missão como artista é de encorajar essa tomada de consciência. E hoje diversos artistas se dedicam a essa missão comigo”, declarou.

Na última semana, Caetano Veloso foi quem disparou poucas e boas contra o presidente da República. O cantor garantiu que é uma experiência “triste” ser artista durante a atual gestão.

Em entrevista para a AFP, o famoso falou sobre uma apresentação em Paris no mês passado em que, ao final do show, algumas pessoas pediram a renúncia de Bolsonaro.

“Quando ouvi alguém gritar ‘Fora Bolsonaro’, respondi ‘com certeza’”, lembrou Caetano Veloso, que acredita que existem paralelos inquietantes com épocas sombrias no Brasil, como durante a ditadura militar.

“Tudo o que é importante está sendo mal administrado pelo governo brasileiro. As decisões sobre a Amazônia são as mais abomináveis, assim como as muitas coisas horríveis que estão fazendo com a educação, cultura, ciência”, desabafou ele.

Caetano Veloso completou: “A única coisa que parece pior que a política para o meio ambiente de Bolsonaro é sua atitude diante da pandemia de covid, que matou mais de 600.000 pessoas em um curto período”.

O artista ainda ressaltou sobre o momento: “A euforia da extrema-direita é um fenômeno mundial. De alguma maneira, os conservadores, que eram conhecidos como a ‘maioria silenciosa’, demonstram que não querem continuar em silêncio”.

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