Sem terem ideia do que aconteceria uma semana depois, Giovanna Ewbank e Taís Araújo relembraram que ficaram mais próximas após a apresentadora adotar Titi no Malawi.
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Convidada do Quem Pode, Pod, podcast de Gioh e Fernanda Paes Leme, a atriz revelou o que sentiu ao ver que a artista e Bruno Gagliasso tinham se tornado pais de uma menina negra.
No Instagram, ao compartilhar o trecho da conversa com Araújo, Ewbank contou: “A maternidade nos aproximou. E para ser mãe de crianças pretas é necessário construir uma aldeia, então nossa troca é e sempre foi fundamental”.
“Nos emocionamos muito nesse bate papo ao falar dos nossos filhos. Tudo isso sem saber que, uma semana depois, o racismo nos atingiria de frente. Nós. Porque quando uma criança sofre uma violência dessa, todas nós mães sofremos juntas”, declarou.
“Que esse bate papo que seja um serviço pra toda a sociedade. E que siga nos fortalecendo”, concluiu.
Giovanna Ewbank recorda apoio de Taís Araújo
No podcast, a apresentadora contou: “A nossa relação começou assim que a Titi chegou no Brasil e você me ligou. A gente nunca tinha se falado. E você me falou: ‘estou muito feliz com a sua maternidade e disponível para conversar sobre o que quiser. Conte comigo para o que você precisar. Agora você faz parte de nós”.
Sincera, Gioh confessou: “Eu não tinha noção. Você me contou que estudou em uma escola particular e sempre viu mulheres pretas em posição de servir. E precisava de uma professora preta para se ver”.
“E me pediu para que eu tivesse essa visão na hora de escolher o colégio da minha filha. Isso para mim foi de uma importância. Foi um parâmetro que comecei a ver a partir daí”, revelou.
Na sequência, Taís Araújo recordou seu sentimento na ocasião: “Eu pensei: caramba, o que vai ser de uma menina negra, africana, criada por dois brancos dos olhos azuis em que o mundo está a serviço deles? O seu tipo físico e o do Bruno Gagliasso é o que tem mais passibilidade, é a perfeição”.
“O que seria dessa menina? A Giovanna não sabia da missa a metade. Não fazia a mais vaga ideia. Ela foi movida pelo amor, o que foi legítimo”, pontuou.
“Ela vai ter acesso a vários lugares, a comprar muita coisa, mas ao mesmo tempo é uma solidão. Na escola, está implícito que o lugar de pessoas parecidas com você não é ali no banco. Você se sente inadequado”, refletiu Araújo.
Infelizmente com muito histórico de racismo vivido, a atriz lembrou: “Na minha escola, você contava durante muito tempo nos dedos de uma mão só quantos negros tinha. Eles me chamavam de negralhaça”.
“Quando chegou outra menina negra na minha sala, eles falaram que não queriam. Me colocaram para competir com ela”, contou.
“Como se eu fosse maneira, podia passar, mas ela não. Essa era a Barra da Tijuca nos anos 90. Por isso eu pensei na Titi. Será que ela ia ter pessoas negras em volta dela?”, concluiu.
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Caroline Bittencourt é jornalista, pós-graduada em Comunicação e Design Digital. Atua como redatora e produtora de conteúdo para as redes sociais. Colabora com o RD1 desde 2018. É especialista das editorias de Famosos, Moda e Televisão. Ama viajar, seja chegando em um novo destino ou em frente à TV assistindo uma boa série.