A Globo não esconde sua preocupação por possíveis ataques contra seus repórteres e pretende ativar um novo protocolo de segurança para proteger os seus funcionários. Para a eleição de 2022, o canal vai adotar uma nova estratégia.
VEJA ESSA
Ali Kamel, diretor de Jornalismo da Globo, acaba de dar a ordem: em 2022, a emissora não vai escalar repórteres para acompanhar os candidatos por onde ele for durante toda a campanha. É a primeira vez que o canal dispensa esse mecanismo para acompanhar os políticos.
Globo promove medidas para proteger repórteres
Uma recomendação proposta pelo diretor é que os candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam acompanhados por repórteres à paisana, segundo informações do Notícias da TV, ou seja, que não tenha identificação com a emissora, a começar pelos microfones.
A medida é adotada no Norte e Nordeste, e é algo que deve ser visto em outras regiões. Na cobertura presidencial, a Globo vai mostrar a agenda diária dos candidatos, com imagens de vídeos da internet.
Os repórteres vão gravar textos complementares em caso de necessidade. A maior preocupação da Globo em 2022 tem relação direta com as atitudes do presidente Jair Bolsonaro e, consequentemente, a polarização política entre o atual mandatário do país e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Para as próximas semanas, ainda de acordo com a reportagem, os candidatos à presidência da República devem comparecer no estúdio do Jornal Nacional para uma entrevista de 40 minutos com William Bonner e Renata Vasconcellos.
A ideia é que a atração seja exibida no mesmo período, de segunda a terça, e de quinta a sexta, com Jair Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT), Lula e Simone Tebet (MDB), na sequência.
