Globo alcança vitória na Justiça e encerra censura de ex-secretário investigado

Jornal Nacional

William Bonner na bancada do Jornal Nacional; Globo vence censura após decisão judicial (Imagem: Reprodução / Globo)

A Globo ganhou o direito de usar relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) em matérias contra o ex-subsecretário de Saúde do Rio de Janeiro Gabriell Carvalho Franco Neves dos Santos, acusado de superfaturar contratos na compra de respiradores para hospitais de campanha em 2020.

Em abril deste ano, a Globo foi proibida de usar os relatórios contra o ex-secretário. A defesa de Santos afirmou que a emissora obteve os documentos de forma ilegal, pois eram confidenciais. A juíza Mariana Mazza Vaccari Braga concedeu liminar ao ex-auxiliar do governo do Rio.

No final do mesmo mês, a Globo foi derrotada em primeira instância. Além do veto ao uso dos dados, a juíza proibiu o grupo de comunicação de divulgar o local da residência do ex-secretário.

Segundo informações do Notícias da TV, na segunda instância, o caso passou para o desembargador Álvaro Henrique Teixeira de Lima. Para ele, o canal da família Marinho não ultrapassou nenhum limite cabível de censura e afirmou que as reportagens ficaram no limite do interesse público.

“No caso em tela, ao que parece, a reportagem manteve-se adstrita ao interesse social do caso, devendo ser prestigiada a liberdade de imprensa, não cabendo, portanto, espaço para qualquer tipo de censura prévia”, comentou.

“Ante o exposto, voto no sentido de dar provimento ao recurso para, formando a decisão combatida, indeferir a antecipação da tutela requerida na peça vestibular da ação principal”, entendeu.

A Globo foi liberada no caso de Santos, mas continua proibida de comentar sobre os relatórios do Conselho envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no caso das rachadinhas.

O Jornal Nacional, Jornal Hoje, Jornal da Globo e Bom Dia Brasil, além dos telejornais locais da TV no Rio de Janeiro, deram amplo espaço para a cobertura dos desdobramentos do escândalo da rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), mas desde a decisão da Justiça o jornalismo do canal líder de audiência diminuiu o tom.

Da Redação
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