Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou os ataques sofridos por jornalistas em ato pró-governo e detonou a Globo. A emissora, então, reagiu e desmentiu um dos comentários feitos pelo presidente nesta segunda-feira (4).
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Em publicação no Facebook, o político acusou o canal de omissão e citou três casos de pessoas detidas por descumprimento de regras de isolamento social, uma recomendação da OMS para evitar a proliferação do novo coronavírus.
Bolsonaro escreveu: “Não vi, em dias anteriores, a TV Globo sair em defesa de uma senhora e filha que foram colocadas a força dentro de um camburão por estarem nadando em Copacabana, outra ser algemada por estar numa praça em Araraquara/SP ou um trabalhador também ser algemado e conduzido brutalmente para uma DP no Piauí”.
O político ainda completou: “A maior violência que o povo sofre no Brasil é aquela contra seus direitos fundamentais, com o apoio ou omissão da Rede Globo”.
Entretanto, pelo G1, a Globo rebateu e informou que os três casos citados por ele foram noticiados em seus telejornais. No caso do Rio, a reportagem terminou com um comentário contrário à ação policial, classificada como “um exagero”.
Já no caso de Araraquara, o canal deu voz à mulher que foi detida e seu advogado e ambos criticaram duramente a Guarda Civil. Na notícia de Teresina, houve um destaque para a acusação de que aconteceu um excesso de força policial.
Agressões em ato
O comentário de Bolsonaro aconteceu para falar sobre as agressões à imprensa, que ocorrem neste domingo (3). Conforme informou o RD1, a equipe do jornal O Estado de São Paulo foi atingida por chutes, murros, empurrões e rasteiras. A situação aconteceu em pleno Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Ao todo, um fotógrafo, dois jornalistas e o motorista do mesmo jornal foram hostilizados e agredidos, verbal ou fisicamente. O veículo informou que os profissionais deixaram o local para uma área segura. Eles buscaram a ajuda da Polícia Militar e passam bem. Equipes da Folha de S.Paulo, do jornal O Globo e do site Poder360 também foram hostilizados no protesto.
