Globo e Band abordam influência da eleição de Biden no Brasil; Record abafa assunto
Em sentido horário: Globo destaca peso da eleição de Joe Biden no Brasil, enquanto Record minimiza assunto; cobertura da Band acompanha tom da emissora-líder (Imagens: Reprodução – Band – Globo – Record / Montagem – RD1)
Na tarde deste sábado (7), depois de uma contagem de votos demorada, foi decretada a vitória de Joe Biden contra Donald Trump, na disputa pela presidência dos Estados Unidos. Na TV aberta, Globo e Band apostaram numa conduta semelhante ao tocar no assunto, Record veio com uma cobertura mais enxuta e SBT mal citou o tema.
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Sobre a emissora de Silvio Santos, o Teleton foi exibido entre 10h30 e 20h30. A vitória de Biden foi inserida num rápido flash durante esse período. Já na Band, a cobertura começou na noite do mesmo dia, toda concentrada no Jornal da Band.
O canal tinha dois correspondentes nos Estados Unidos e foi direto ao falar da insistência de Trump em não aceitar que perdeu a eleição. Numa reportagem de Eleonora Paschoal, na Flórida, o letreiro chamava o presidente não reeleito de “mau perdedor”. O apresentador Eduardo Oinegue, ao anunciar um novo bloco, disparou: “Mais informações sobre a vitória de Biden e o esperneio de Trump“.
Sobre o fato de Jair Bolsonaro não ter se manifestado sobre a novidade, a mensagem do Jornal da Band foi a seguinte: “O presidente Jair Bolsonaro decidiu não se manifestar formalmente, pelo menos por enquanto. A justificativa é que Donald Trump deve questionar o resultado da eleição na Justiça e é preciso esperar uma decisão. Trump era, disparado, o candidato favorito do governo“.
O Jornal Nacional, na Globo, não economizou ao tratar da vitória de Joe Biden. O noticiário tinha cinco correspondentes nos EUA, além de vários especialistas criticando a política externa brasileira, questionando a utilidade da aliança entre Bolsonaro e Trump, além de levantar dúvidas sobre a influência dessa transição para o Brasil.
O telejornal fez um compilado das felicitações para o futuro presidente americano, vindos de líderes políticos de países diversos, com exceção de Israel, Rússia e China. Por falar em manifestações, a Record, por sua vez, apostou numa cobertura bem mais tímida e resumida desse importante acontecimento político.
O silêncio de Bolsonaro, no Jornal da Record, foi citado por uma declaração quase que igualmente inexpressiva: “O presidente Jair Bolsonaro não comentou publicamente a vitória de Joe Biden na eleição americana“. Além disso, o noticiário ainda fez um último adendo: “O Ministério das Relações Exteriores ainda não se manifestou sobre a eleição de Joe Biden nos Estados Unidos. Com o democrata eleito o governo brasileiro poderá ter que rever algumas posições na política externa atualmente alinhada com o presidente Donald Trump“.
Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.
