O processo de Veruska Donato contra a Globo colocou luz numa atitude polêmica da chefia de Jornalismo. A jornalista apresentou na ação um documento com orientações para controle de roupas e peso dos seus funcionários.
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Em 2017, um e-mail assinado por Cristina Piasentini, diretora de Jornalismo da Globo em SP entre 2008 e 2020, e Ana Escalada, chefe de Redação, para uma orientação: tolerância zero para estampas, calças leggings, fuseau e skinnies, “pois aumentam muito o quadril”.
Outras peças foram descartadas, segundo informações do Notícias da TV: sarouel e dhoti. Jeans foram permitidos, mas apenas os “elegantes, de preferência escuros”, sem peças rasgadas para homens ou mulheres.
As diretoras também reclamaram das malhas com pano corrido e apertadas, por conta da possibilidade de dobras provocadas pelo sutiã e exibição de um estômago mais avantajado.
No documento, a Globo ressaltou que a informalidade ganhou espaço entre os jornalistas, mas percebeu figurinos inadequados na hora do vídeo. Vale ressaltar que em nenhum momento os trajes dos jornalistas repercutiram na época.
Veruska Donato move processo milionário contra a Globo
No último dia 31 de janeiro, a defesa de Veruska Donato iniciou um processo com pedido de indenização milionária. Dentro dos argumentos da ação trabalhista, os advogados da jornalista pedem um valor de R$ 13 milhões.
A jornalista foi demitida cinco dias depois de ter retornado ao canal. O seu afastamento foi motivado pela Síndrome de Burnout.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].