O estouro de audiência e repercussão de Vale Tudo não impactou apenas os telespectadores, mas também a alta cúpula da Globo.
Segundo a colunista Carla Bittencourt, do portal Leo Dias, a ordem é clara: segurar os atores mais populares da trama por pelo menos três anos, evitando que concorrentes como Netflix, HBO Max e Prime Video tirem proveito da projeção conquistada.
Elenco valorizado
A novela revitalizou carreiras e consolidou novos nomes. Débora Bloch, Cauã Reymond, Paolla Oliveira e Taís Araújo ganharam novo fôlego, voltando ao centro das atenções.
Já Renato Góes e Bella Campos foram alçados à condição de apostas de longo prazo da emissora, vistos como talentos com enorme potencial de crescimento.
Comparação nos bastidores
Nos corredores da Globo, a frase usada é clara: “sugar até o bagaço da laranja”. Ou seja, os destaques de Vale Tudo dificilmente terão descanso — devem emendar participações em novelas, séries e produções do Globoplay.
Melhor saturar a imagem internamente do que correr o risco de vê-los valorizados pela concorrência com contratos milionários.
Velha prática, nova intensidade
A Globo sempre adotou essa postura quando uma novela se torna fenômeno, mas a chegada dos streamings elevou a estratégia a outro nível.
Os contratos mais curtos e a concorrência acirrada fizeram a emissora adotar um modelo mais agressivo de blindagem, aproveitando ao máximo cada gota da popularidade dos atores.
Futuro definido
Na prática, o público pode comemorar: os rostos que brilharam em Vale Tudo não vão desaparecer da tela tão cedo. Pelo contrário — a Globo já se movimenta para transformar o elenco em presença constante em seu catálogo, seja na TV aberta ou no streaming.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]