Globo recupera R$ 318,6 mil após transferir valor por engano
Globo garante dinheiro perdido após confusão judicial (Imagem: Reprodução / Globo)
A Globo usou um recurso e conseguiu um bloqueio provisório do valor de R$ 318.600,40 transferidos por engano por um funcionário. O advogado que recebeu o dinheiro disse que não se recusou a devolvê-lo, e muito menos usou a verba para a compra de um imóvel.
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Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Marcos Antônio Rodrigues dos Santos garantiu: “Nunca me recusei a devolver. É uma situação muito constrangedora. Eles [a Globo] combinaram comigo uma coisa e fizeram outra”.
Segundo ele, o combinado era o seguinte: ele devolveria o dinheiro por transferência no dia 21 de janeiro, quando ele voltaria das férias. Antes disso, no entanto, no dia 11 do mês mês, o canal entrou na Justiça.
Na 3º Vara Cível, a Globo informou que houve “lapso” na transferência do dinheiro, que por sua vez bancaria um acordo feito em setembro em uma ação trabalhista. Santos contou:
“No dia 30 de setembro, uma pessoa que eu conheço me procurou por WhatsApp e disse o que tinha acontecido. Explique a ela que estava de férias e sem o token [código de acesso para verificação bancária], mas eu tinha visto meu extrato e tinha mesmo dois depósitos da empresa”.
Erro da Globo gera estranhamento de advogado
O advogado achou estranho o erro da emissora. “Quando a pessoa me falou, eu fiquei desconfiado porque não é tão simples assim errar um pagamento desse. Esse tipo de transferência é feito a partir de uma ata”, revelou.
Santos esclareceu que “não dava para simplesmente devolver, eu precisava ver se aquilo não era mesmo de algum processo meu”. Para o advogado, a pessoa que entrou em contato com ele abusou da sua confiança:
“Eu mencionei que tinha comprado um apartamento e que por isso tinha usado a conta-corrente, e eles usaram isso na inicial”.
Na segunda-feira (21), o juiz Felipe Negrão concedeu tutela de emergência e determinou o bloqueio do dinheiro. Santos alegou que o dinheiro foi devolvido. “Disseram em redes sociais que eu saí correndo para comprar um apartamento, isso é um absurdo”, detonou.
Em contrapartida, o profissional pediu uma indenização por danos morais de R$ 200 mil e sigilo ao processo.
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