Globo toma atitude por causa da Netflix e vira alvo do Cade

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Globo é alvo do Cade após renovar com atores (Imagem: Divulgação / Globo)

Após a abertura de investigações contra a Globo por acordos de publicidades e transmissões esportivas, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) quer apurar um possível monopólio do canal na produção de novelas. O órgão tomou a atitude após o Plim Plim ter renovado com vários artistas.

A decisão da Globo foi motivada pelo assédio da Netflix a nomes importantes do seu elenco. Na segunda-feira (28), Paula Farani de Azevedo Silveira, conselheira do Cade, enviou ao procurador-Geral Walter Agra um ofício pedindo a “instauração de um processo administrativo para imposição de sanções administrativas por infrações à ordem econômica”. A informação é do Notícias da TV.

Como argumento, a conselheira anexou em seu pedido uma matéria da jornalista Carla Bittencourt, do Metrópoles, com informações sobre a renovação do contrato de vários artistas por mais dois anos. Entre eles estão Deborah Secco, Grazi Massafera, Leticia Colin, Paolla Oliveira, Giovanna Antonelli, Marina Ruy Barbosa, Vitória Strada, Juliana Paes, Isis Valverde, Lilia Cabral, Lázaro Ramos, Taís Araujo, Flávia Alessandra, Fernanda Torres e Gloria Pires.

Para a conselheira do Cade, a prática da Globo merece uma investigação. “Uma das maiores fontes de audiência e, consequentemente, de renda da emissora são suas novelas que não são objeto de concorrência, a uma porque as emissoras de canal aberto rivais não têm capital suficiente para investir em produções da mesma qualidade, a duas porque o principal insumo (atores de renome e qualidade) são contratados com exclusividade pela Rede Globo e, por conseguinte, retirados do mercado. A notícia de que um agente dominante está agindo para impedir a possível entrada de um novo player no mercado merece a atenção e imediata ação da autoridade de defesa da concorrência”, disse.

“Entendo haver indícios de prática de abuso de posição dominante por meio da assinatura de acordos de exclusividade com os principais atores (insumos), o que impediria a entrada efetiva de rivais no mercado. A jurisprudência do Cade é clara no sentido de que um agente dominante não pode adquirir insumo com o intuito de retardar ou limitar a entrada de rivais no mercado”, entendeu.

Da Redação
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