A Globo tomou uma importante decisão após a polêmica gerada pelos comentários depreciativos feitos durante o evento Upfront 2026.

O evento, realizado na última segunda-feira (13), apresentou novidades para a programação do próximo ano, mas também gerou críticas após uma série de provocações irônicas direcionadas à Band e à HBO Max.
Pedido de desculpas da Globo à Band
Os ataques de William Bonner e outros membros da emissora à Band repercutiram negativamente, especialmente porque a Globo e a Band têm um relacionamento histórico de respeito.
Diante disso, Paulo Marinho, presidente da Globo, foi escalado para pedir desculpas pessoalmente a Cláudio Giordani, CEO da Band, durante uma ligação feita na terça-feira (14). A informação foi divulgada pelo Notícias da TV.
O pedido de desculpas foi necessário após o comentário de Bonner sobre o retorno da Fórmula 1 à Globo, que foi feito de maneira irônica: “No ano que vem, a Fórmula 1 está na Globo. E vocês sabem o que é Fórmula 1 ainda, né? Porque saiu da Globo… Fórmula 1 é um esporte interessante”.
A fala, que não estava no roteiro, causou mal-estar na concorrente, e o episódio levou à necessidade de um posicionamento da Globo.
Outras provocações e defesa da Globo
Além de Bonner, Renata Vanzetto, apresentadora do Chef de Alto Nível, também fez uma provocação à Band, dizendo que um episódio do reality show dela teve mais audiência do que todas as temporadas de MasterChef.
Após o evento, ela se defendeu nas redes sociais, explicando que a frase fazia parte de um roteiro pré-definido e não refletia sua opinião pessoal.
A emissora também fez comentários irônicos sobre o Globoplay, com uma provocação envolvendo o humorista Fábio Porchat, que questionou, em tom de deboche, se a Globo deveria falar da Band.
Repercussão e consequências
Essas provocações da Globo geraram mais repercussão do que as próprias novidades apresentadas no Upfront. Comentários internos apontaram que a emissora acabou dando mais atenção às alfinetadas na concorrência do que às atrações em si, o que é visto como um erro de estratégia.
A Fórmula 1, por exemplo, deveria ser o destaque, mas as discussões sobre as rivalidades de mercado acabaram ofuscando as boas notícias.
Além disso, houve a percepção de que a Globo, com suas provocações, demonstrou insegurança em relação à concorrência, especialmente HBO Max, que vem crescendo no mercado de streaming e conquistando uma fatia considerável do público.
A Globo, que possui mais de 30% do consumo de vídeo doméstico, parece estar nervosa com essa ameaça crescente das plataformas de streaming.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]