Hélio de la Peña choca com revelação sobre assédios na Globo: “Quem não cedesse, não subia”

Hélio de la Peña
Hélio de la Peña soltou o verbo e detonou Marcius Melhem (Imagem: Reprodução / Instagram)

O humorista Hélio de la Peña deu uma entrevista reveladora ao podcast Cortes do Inteligência. O ex-Casseta e Planeta abriu o jogo e contou que alguns produtores da Globo assediavam as figurantes da emissora, citando ainda o caso de Marcius Melhem, que foi acusado de assédio por Dani Calabresa:

“Outra coisa que tinha na época e que o Marcius Melhem tentou reproduzir e se deu mal, é que tinha o teste do sofá. Pra menina fazer uma figuração, os diretores e produtores assediavam. Eu não via, mas ouvia falar, porque era corriqueiro. Tinha produtor que tinha contato com cafetina e botava as meninas como figuração. […] Eu não tinha contato com a produção do Marcius, não tinha ideia do que estava acontecendo. Fui saber quando veio à tona com a Revista Piauí. Depois, conversando com alguns amigos lá dentro, me falaram que era isso mesmo, que a coisa era estranha”.

De acordo com o ator, os casos na emissora carioca eram frequentes antes de mudar a direção da casa. “Tinha uma libertinagem, um abuso, um assédio e quem não cedesse, de fato, não subia (na carreira). Era uma coisa institucionalizada. Tanto que depois que mudou a direção da emissora eles foram atrás e demitiram os produtores que faziam esse tipo jogada, pra criar um ambiente mais correto e mais descente pra televisão“, disparou.

O caso de assédio envolvendo Marcius Melhem foi revelado pela Revista Piauí. Ele, inclusive, perdeu o processo que movia contra a publicação por causa da matéria. “O que mais você quer para calar a boca, filha?” foi o título da reportagem que sacudiu o país no ano passado.

Na ação, o ex-diretor dos programas de humor da Globo afirmou que a matéria fez um julgamento público contra a sua pessoa, com abuso de liberdade de expressão e, de cara, pediu indenização no valor de R$ 200 mil.

Na sentença, o juiz entendeu que a liberdade de expressão foi exercida de forma moderada, destacou que a reportagem apresentou fatos de maneira objetiva, sem juízo de valor sobre o ex-global.

O processo foi julgado improcedente e Marcius Melhem foi condenado a arcar com as custas do processo e honorários dos advogados, tudo no valor de R$ 20 mil. O artista recorreu da decisão.

Ao jornalista Leo Dias, do Metrópoles, a defesa do ex-diretor da Globo emitiu a seguinte nota:

“Marcius Melhem irá até o fim para mostrar que as histórias narradas na revista Piauí não são verdadeiras. Convém lembrar que a defesa de Melhem já divulgou um documento com pelo menos 43 erros na reportagem. Vários colegas do humorista que estavam presentes nos momentos narrados pela revista já se dispuseram a depor em juízo para ajudar a restabelecer a verdade. Cinco meses depois da reportagem não há nenhum processo instaurado contra Marcius Melhem por assédio sexual. A verdade vai aparecer no seu tempo“.

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Da RedaçãoDa Redação
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