Internautas acusam Luciano Huck de humilhar pobres em troca de dinheiro em seu programa

Luciano Huck levou assistencialismo para o Domingão (Imagem: Reprodução / Globoplay)

Luciano Huck foi o escolhido pela Globo para assumir o Domingão na renovação do formato, porém, uma rápida pesquisa pelo seu nome nas redes sociais mostra que sua imagem não é tão favorável assim.

Ele faz o tipo do público mais velho, que ainda valoriza questões como a de ser um “pai de família exemplar”, mas esquece que isso está com os anos contados, juntamente com o assistencialismo que carrega.

Na internet, ele é visto com desdém por parte dos internautas, que fazem questão de problematizar o seu jeito de ganhar audiência, fazendo alguém “pagar mico” para ganhar um carro em um quadro como o Lata Velha, por exemplo.

Quando estreou na Globo, em 2000, ele deu continuidade ao que Gugu Liberato já fazia nos anos 80 e 90, transmitindo a imagem de “bom moço” para os telespectadores das gerações passadas, que formam o “público do sofá”.

A saída de Faustão tinha como objetivo “renovar” os domingos, mas não muito. A Globo sempre temeu o risco de perder o publico majoritário de sua audiência. Sua estratégia é conquistar as novas gerações sem perder as antigas.

Porém, nesse caso, a idade dos apresentadores pouco equivale à dos novos telespectadores. O novo público da internet confia em quem transmite verdade em tudo que faz, não focando apenas na criação de conteúdo nas redes sociais.

Dessa forma, essas pessoas valorizam a sinceridade de veteranos como Fausto Silva, de 71 anos, e Ana Maria Braga, de 72, por exemplo, mas não se conectam com pessoas como Rodrigo Faro, de 27, nem o próprio Huck, de 50.

A resposta do público está na repercussão da sua estreia, que começou com tudo “nos conformes”, tudo certinho, programado e calculado, mas acabou virando piada pelos imprevistos e falta de jogo de cintura que Tiago Leifert tinha.

21 anos depois, Marcos Mion o substituiu no Caldeirão com uma explosão de sentimentos, transmitindo improviso, sem mostrar preocupação em esconder as falhas e sempre brincando com a própria imperfeição.

Sem filtro, a nova geração se conecta com ele por meio do deboche de tudo que se propõe a transmitir o contrário disso.

Huck não poderia abandonar o assistencialismo de duas décadas em uma semana, mas teria condições de ressignificar tudo isso, se quisesse. Mas em sua estreia, ele acabou entregando apenas tudo que todos já esperavam.

Um internauta levantou a seguinte questão: “Luciano Huck já começa o novo programa usando pobre como entretenimento. Que fetiche é esse?”. E uma das respostas foi:

“É um efeito psicológico muito simples de ser explicado: é a tal da identificação entre os iguais. Por isso o Jair Bolsonaro tem um número considerável de adeptos: Gente que se identifica com a mediocridade, a grosseria, o baixo nível intelectual, a falta de cultura, e se sente representada”.

Levando em consideração o desejo de Luciano Huck entrar para a política, não fica muito difícil perceber que o seu discurso cai como uma luva para o atual momento da sociedade.

Ou seja, da Globo, o público da internet não pode esperar muita coisa além de pequenos espaços no novo Caldeirão, em esquetes do Fantástico ou versões mais pesadas das novelas apenas para o Globoplay.

A seguir, você confere um pouco do entretenimento que Luciano Huck gerou nas redes sociais ao longo da sua estreia:

(Imagem: Reprodução / Twitter)

(Imagem: Reprodução / Twitter)

(Imagem: Reprodução / Twitter)

(Imagem: Reprodução / Twitter)

(Imagem: Reprodução / Twitter)

(Imagem: Reprodução / Twitter)

(Imagem: Reprodução / Twitter)

Lucas Medeiros
Escrito por

Lucas Medeiros

Redator Publicitário e Gestor de Marcas. Formado em Comunicação Social pela UFRN, escreve desde 2011 sobre o universo televisivo, séries, filmes e novas mídias de forma conectada com as tendências da atualidade.