Isis Valverde, que está completando 15 nos de carreira, deu entrevista para o Conversa com Bial, da Globo, e fez uma revelação sobre ajuda que recebeu de Ivete Sangalo. A atriz tocou no assunto ao celebrar o papel como Sereia, da minissérie O Canto da Sereia (2013).
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“Eu fui morar na casa da Ivete Sangalo”, disparou ela, ao contar sobre os bastidores da composição do personagem. Com direção de José Luiz Villamarim e baseada no romance de Nelson Motta, a obra gira em torno do assassinato de uma estrela do axé em pleno trio elétrico.
“Ela foi muito fofa. Ela me botou dentro de casa, conversou comigo, me mostrou como ela fazia pra poder levar o trio. Me mostrou tudo. Foi uma conversa e ao mesmo tempo foi uma atuação”, comentou a artista.
Isis Valverde morou na Bahia durante meses, envolvida com o projeto, e contou com diversos profissionais para a construção da protagonista.
A atriz continuou a relembrar o momento, revelando que um dos momentos em que mais se divertiu foi quando Ivete a pediu para cantar. “Ela falou: ‘Pronto, agora canta’. Ai eu fiz ‘Oi?’. e ela ‘Canta’ e eu ‘Não tem canta, amor. Esquece canta'”, narrou Isis, aos risos.
“Ela me ensinou como segurar o microfone. Ali foi muito o lugar da mulher do trio elétrico”, lembrou a contratada da Globo.
Ainda falando sobre a carreira, Valverde lembrou também do momento em que subiu ao palco com o rei Roberto Carlos, em 2017. Ela disse que aquele foi um momento de muita emoção para o seu pai. “Meu pai era doente por Roberto. Imagina você ver a sua única filha cantando com seu ídolo. Eu levei ele, a mão dele tava gelada“, disse.
A famosa também contou sobre como foi interpretar uma enfermeira contaminada pela Covid-19 na reta final de Amor de Mãe, enquanto possuía um tio-avô internado pela doença.
“Na hora que eu entrei no personagem, eu me arrepiei. As gravações nesse cenário para mim foram muito intensas, além de toda a situação que passei em 2020 de perdas e ter que lidar com isso de uma forma rápida […] Um dia o meu tio avô entrou para o respirador e eu estava em cena, eu tinha que salvar um cara com uma parada cardíaca”, comentou ela, emocionada.
Segurando as lágrimas, Isis acrescentou: “Esse dia, vou te falar, cara, eu não sei se era a Betina, se era a Isis”. “Eu chorei todas as dores de 2020 ali mais as de 2021”, confessou.
“Tem uma coisa que nasceu comigo. Não vou mentir que choro, que tive vontade de desistir quando meu pai morreu, tive vontade de ficar dentro de um quarto trancada. Eu acho que as dores da vida, se você decide arrastá-las ou decide que elas acabem te soterrando, é uma opção sua. Mas eu não acho que seja uma escolha inteligente“, completou, lembrando da morte do pai, que ocorreu no ano passado.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]