Afastado da televisão desde 2016, Jô Soares falou sobre o humor atual, redes sociais e até em relação aos novos apresentadores de talk show, como Tatá Werneck e Fábio Porchat.
“O talk show é inerente ao veículo de televisão. Costumo dizer que é a forma mais saudável de voyeurismo, porque você fica sentado olhando para duas ou mais pessoas falando”, disse ele à revista Veja. “Acho a Tatá Werneck, especificamente, uma comediante talentosíssima, com uma presença de espírito fundamental para esse tipo de programa. Cada talk show tem uma característica própria, sempre a respeito da pessoa que está atrás da mesa”, acrescentou o ex-global sobre o “Lady Night”, do Multishow.
Jô Soares também comentou sobre Porchat, que está de saída da Record: “É a única pessoa que eu digo realmente que começou no meu programa. Ele foi assistir na plateia como estudante, pediu para fazer um número e eu deixei. O talk show também depende muito do momento. Se a entrevista for boa, o programa é bom, se não, aquele dia não funcionou. É algo muito dinâmico”.
O apresentador falou que não sente falta do afeto que recebia do público enquanto apresentava o programa de entrevistas. “Foram quase 28 anos de programa de entrevistas na televisão, praticamente. Então, já saciou qualquer vontade”, comentou.
Lançando o segundo volume de “O Livro de Jô – Volume 2: uma Autobiografia Desautorizada”, o humorista disse como enxerga o movimento que pede a volta da ditadura militar.
“Eu sou gordo demais para pedir a volta do regime, estou fora. A pessoa que fala isso não tem ideia do que está falando e, além de tudo, é mal informada, porque poderia ler a respeito. Já está mais do que comprovado que, apesar de todas as suas dificuldades e defeitos, a democracia é o melhor caminho que existe. Qualquer retrocesso seria uma penúria”, afirmou ele.
