João Gordo está lançando um novo álbum pela banda Ratos de Porão. O título é Necropolítica e tem uma situação ao atual governante do país, Jair Bolsonaro (PL). O político foi “homenageado” na faixa Alerta Antifascista.
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Ao Splash, o cantor declarou: “Você ouve uma música dessa e pensa o quê? Que ela foi escrita para o Papa Francisco? Claro que não. Eu estou vendo acontecer na minha frente uma distopia monstruosa e a estou descrevendo. A música é para ele [Bolsonaro] mesmo“.
Sem citar o nome do presidente, o vocalista canta as seguintes frases na faixa: “Genocida depravado/ Ditador que come gente/ Um perigo eminente/ Mentiroso imoral/ Ser humano decadente/ Especialista em matar/ Privatizando o presente/ Sem futuro para sonhar”.
O novo álbum aborda temas como a pandemia do coronavírus, o governo brasileiro, a corrupção, o negacionismo, o bolsonarismo e a ascensão do pseudo-neofascismo e neonazismo.
“As pessoas vêm falar que ‘agora o Gordo é lacrador’. Lacrador como, cara? A temática do Ratos sempre foi essa desde a primeira música do primeiro disco da banda. Não é que eu sou contra as coisas, eu narro o que eu sinto e vivo ao meu redor”, disparou.
Ele ainda afirmou: “Eu estou vivendo nesse mundo na necropolítica por todos os lados. Então, não tem como eu desviar o assunto”.
“Esse é um disco que descreve esse momento distópico em que estamos vivendo. Eu escrevo assim, cara. Vou falar sobre São João? Sobre a poluição do plástico? Não tem como não falar sobre o que está acontecendo ao meu redor”, disse.
O cantor ainda ressaltou que o título do álbum se refere ao modo como o governo brasileiro lidou com a pandemia do coronavírus: “Necropolítica é a política que a gente tem, é o que o Bolsonaro faz: os políticos sabem e escolhem quem deve morrer e quem deve viver. Claro que morreu ‘bolsominion’ para c****** nessa, mas pelo menos metade desse número de mortos poderia ter sido salvo se não fosse o negacionismo do governo”.
João Gordo fala de neofacismo, neonazismo e eleições
O apresentador também comentou que o álbum fala a respeito da ascensão do pseudo neofascismo e neonazismo que ele vê acontecendo no mundo, inclusive no Brasil. “Eu falo sobre essa parada desde 2013. Eu já dizia: ‘Cuidado com a ascensão do nazismo. Isso vai virar moda e em um futuro tão próximo, no centenário do Terceiro Reich, vai ter suásticas para tudo quanto é lado”, disse.
“Estamos em 2022 e já está acontecendo, mesmo que devagar. Eu não estarei vivo para ver isso acontecer, mas lá pelos anos de 2038, 2040, no centenário de Adolf Hitler, vai estar acontecendo”, completou.
A respeito das eleições de outubro de 2022, ele garantiu que carrega uma esperança de que o Brasil possa melhorar. “Há anos que eu voto nulo. Teve vezes que eu nem ia lá votar. Mas dessa vez vou votar no Lula para o Bolsonaro não ganhar de novo. Eu voto até no meu cachorro para que esse cara não ganhe, porque senão esse país vai cair em uma obscuridade maior do que já está”, comentou.
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